A presidenta do Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Goiás (Sintego), Bia de Lima, disse que o governo do estado de Goiás atendeu algumas reivindicações da categoria, contudo não anunciou o esperado concurso público para os educadores.
Em entrevista ao Diário de Goiás nesta sexta-feira em evento com o governador Ronaldo Caiado, no Conselho Estadual da Educação de Goiás (CEE-GO), a professora aprovou os pontos atendidos, mas lembrou que as cobranças continuarão.
“Nós cobramos concurso público, ele ainda não anunciou. Nós cobramos que a taxação dos aposentados fosse até o teto do INSS, e ele atendeu pela metade, mas já pode, será proporcional. E na questão do 14º salário, que vai ser pago em dezembro, em novembro vai nos pagar uma ajuda de custo de R$ 3.200 e nesse pagamento vem o reajuste que conseguimos de 7,2% e mais uns R$ 500 para auxílio-aprimoramento para administrativos e professores”, pontuou.
Sobre o bônus de R$ 500, a presidenta explicou que num primeiro momento todos devem receber o valor, mas será preciso, adiante, realizar cursos para se qualificar e comprovar esse investimento.
“É definitivo, vai vir no contracheque, vem na folha. As pessoas vão receber e depois vão fazer cursos complementares ao longo do ano e comprovará o motivo desses investimentos, mas de antemão todos receberão. Mais à frente, por conta dessa atividade que ter que se qualificar, aí sim [pode ser que o profissional perca o auxílio]… mas eu acho que é uma forma de estimular as pessoas para elas buscarem se qualificar sempre”, explica.
Questionada acerca do déficit de professores na educação em Goiás, Bia disse que a cobrança por concurso continuará e que entregou ao governador um documento em que ela explana a necessidade de contratação de mais profissionais.
“Hoje nós temos mais de 50% da rede de contrato temporário, nós precisamos muito suprir essa demanda que chega da ordem de quase 10 mil professores que faltam na rede e hoje ocupado por contrato temporário que não tem perspectiva de carreira, daí tem rotatividade demais, o que é prejudicial na qualidade do ensino que se ministra, esse é um dos motivos que nós entregamos aqui hoje um documento ao governador cobrando concurso público e eleição direta para diretor de escola”, esclarece.
Durante a campanha da vacinação anticovid, alguns profissionais da educação, também, recusaram-se a receber a vacina. O fato fez a Secretaria de Educação convocar os professores e cobrar a imunização deles. Para Bia, não combina uma categoria de professores ir de encontro à ciência.
“Nós estamos já há tempo fazendo uma campanha para que todos os profissionais da educação se vacinem, porque primeiro que na educação nós lidamos com a ciência e com conhecimento, sendo assim não cabe um profissional da educação recusar a vacina”, diz.