O projeto que estabelece uma reposição salarial de aproximadamente 10% dos servidores do poder Judiciário em Goiás foi aprovado esta semana pela Assembleia Legislativa (Alego). No entanto, segundo o presidente do Sindicato dos Servidores e Serventuários da Justiça (Sindjustiça), Fábio Queiroz, há o receio de que o governador Marconi Perillo vete o projeto.
“O risco é iminente. Apesar de o governo pregar para a população como se os servidores tivessem um aumento no salário. Não é isso. A verdade é que os servidores aguardam a reposição das perdas inflacionárias ao ano de 2015. O índice que temos para receber dessa reposição, que era para ser 14,18%, já caiu para 10%”, explicou o presidente.
Com isso, enquanto não for aprovada a reposição de 2015, os servidores não têm como pedir nova reposição salarial do ano de 2016. Caso seja aprovado, o governo deverá pagar retroativo referente a janeiro deste ano aos servidores.
Questionado sobre uma possibilidade de o Tribunal de Justiça intervir, Fábio informou que o presidente do TJ-GO, desembargador Leobino Chaves, não sinalizou que conversará com o governador.
“Provocamos o presidente para que se manifestasse e intervisse junto à Alego e ao governador pelos servidores […], infelizmente não tivemos uma resposta positiva por parte do Tribunal de Justiça. Aguardamos, ainda, um posicionamento do Tribunal quanto a isso, do nosso presidente, talvez uma tentativa de conversa com o governo, dar uma explicação principalmente por estar dentro do orçamento do TJ, que respeita a Lei de Responsabilidade Fiscal”, disse Fábio Queiroz.
Consultada, a assessoria do governador não comentou sobre o assunto. A assessoria de imprensa do TJ-GO também informou ao Diário de Goiás que o órgão não tem garantias de que o projeto será sancionado pelo Estado e que não há reuniões ou encontros agendados entre Marconi Perillo e Leobino Chaves para tratar sobre esse assunto.
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