Um grupo de integrantes de movimentos populares, centrais sindicais e do MST defenderam a permanência da presidente Dilma Rousseff. Durante manifestação realizada nesta quinta-feira (20), no centro de Goiânia, os participantes destacaram a insatisfação contra a possibilidade do impeachment de Dilma, foram contra o ajuste fiscal e o financiamento privado de campanha, favoráveis a Reforma Agrária e Tributária e a taxação de grandes fortunas.
Alguns políticos ligados ao PT e ao PC do B estiveram presentes no ato. Um deles foi o deputado Rubens Otoni (PT). Para o parlamentar a intenção do ato realizado não é de contrapor a manifestação realizada no último domingo em diversas cidades do país.
“Nosso objetivo é tão somente chegar a consciência das pessoas para mostrar que a postura do “quanto pior melhor” não interessa ao povo brasileiro”, destaca Otoni.
Já a presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Educação em Goiás (Sintego), Bia de Lima, avalia que mesmo com os servidores das instituições federais em greve, é preciso dar apoio ao regime democrático e cobrar do governo os compromissos para melhoria na área da Educação.
“A greve é um direito legítimo que temos na democracia. Vários de nós aqui estão em greve. Por isso que defendemos a democracia. Não vamos aceitar nenhum tipo de golpe”, afirma a sindicalista.
O presidente da Central Única dos Trabalhadores em Goiás, Mauro Rubem, avalia que a Reforma Política poderia ter sido um pouco mais aprofundada. Ele acredita que a população está sendo enganada pela oposição em atos realizados como o do último domingo (16).
“As manifestações de domingo são democráticas e mostram que a maioria do povo quer mudanças. Mas eles estão hoje enganados pelas mudanças propostas. Queremos combater a corrupção, mas tirar as empresas das eleições, não como uma Reforma Política alimentada pelo presidente da Câmara Eduardo Cunha”, argumenta o presidente da CUT.
Críticas ao PSDB e demais oposicionistas
O PSDB e demais partidos de oposição foram alvos de duras críticas dos participantes. Durante o ato a crítica feita foi por defenderem o impeachment da presidente. O movimento ocorreu em 21 Estados e no Distrito Federal.
Saída de Eduardo Cunha
O atual presidente da Câmara dos deputados, Eduardo Cunha (PMDB) investigado pela Polícia Federal e Ministério Público Federal na Operação Lava Jato também foi alvo de crítica.
Alguns manifestantes destacaram que Cunha representa o retrocesso e ataque à democracia. Participantes chegaram a defender a saída de Cunha da presidência da Câmara.
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