22 de dezembro de 2024
Mundo • atualizado em 13/02/2020 às 09:59

Sinais não vieram de submarino desaparecido, diz Marinha argentina

O submarino argentino ARA San Juan, desaparecido na quarta, deixa o porto de Buenos Aires / Foto: Armada Argentina/Reuters
O submarino argentino ARA San Juan, desaparecido na quarta, deixa o porto de Buenos Aires / Foto: Armada Argentina/Reuters

Diferentemente do que se pensava, as chamadas de satélite detectadas no fim de semana não vieram do submarino desaparecido na Argentina, afirmou nesta segunda-feira (20) o porta-voz da Marinha Enrique Babi.

Os sete sinais eram vistos como uma esperança de que os 44 tripulantes a bordo do ARA San Juan estivessem vivos. A embarcação perdeu a comunicação quando fazia o trajeto entre Ushuaia (sul) e a Base Naval de Mar del Plata.

“O informe oficial indica que se investigaram todos os sinais no espectro da área de operações. Foram analisados 400 sinais radioelétricos na frequência de comunicação de satélite. Houve sete tentativas mas não correspondem ao submarino ARA San Juan”, disse Balbi em uma entrevista coletiva.

Nesta segunda-feira, vencia-se o prazo para que o submarino chegasse ao seu destino, a Base Naval de Mar del Plata, o que não ocorreu, segundo Balbi.

Ele afirmou ainda que até este momento não se tem “nenhum indício, sinal de fumaça, detecção por radar ou farol” que dê alguma pista de onde está o submarino, condição piorada pelas péssimas condições meteorológicas na área de buscas.

Outro porta-voz da Marinha, Gabriel Galeazzi, afirmou nesta segunda-feira que o capitão do submarinho havia reportado na quarta-feira “um princípio de avaria” no sistema de baterias da embarcação, “um curto-circuito”.

BUSCAS

As Forças Armadas argentinas têm empregado todo tipo de embarcações e aviões nas buscas, de barcos científicos e corvetas a aviões de guerra, além de ter aceitado a ajuda nas buscas, inclusive, de navios pesqueiros.

O Brasil mobilizou três embarcações da Marinha, o navio polar almirante Maximiano, que se deslocava para Estação Antártica Comandante Ferraz; a fragata Rademaker, que regressava de uma operação com a Armada do Uruguai, e o navio de socorro submarino Felinto Perry, que desatracou da base almirante Castro e Silva, localizada no Rio de Janeiro.

Segundo nota do Ministério da Defesa, o navio Almirante Maximiliano chegou na manhã deste domingo à área onde o submarino deu seu último sinal de rádio, comunicando-se com o Navio de Apoio Logístico da Armada da Argentina Patagônia.

Porém, as buscas estão sendo dificultadas por ondas de seis metros, diz a nota.

A Força Aérea Brasileira também está colaborando com o envio de duas aeronaves, uma aeronave SC-105 Amazonas (busca e salvamento – SAR) e P-3AM Orion (patrulha).

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