O Sindicato dos Médicos no Estado de Goiás (Simego), informa que no próximo dia 24 de janeiro, haverá paralisação nos atendimentos médicos do Hospital Estadual da Mulher (Hemu). Somente os atendimentos de urgência e emergência serão mantidos normalmente.
Ao Diário de Goiás, a presidente do Simego, Franscine Leão, disse que a categoria reivindica por uma série de melhorias para que gestantes, puérperas e crianças possam ser melhores atendidas. Dentre as reivindicações estão melhores condições de trabalho tais como estrutura física da unidade, superlotação da unidade, déficit na escala médica, falta de condições de assistência integral à gestante e ao neonatal além também de reajuste salarial.
”Isso tudo acaba prejudicando a saúde dessas mulheres que procuram assistência no Hemu, antigo Materno Infantil”, afirma Franscine.
De acordo com a presidente do sindicato, até o ano passado a escala do hospital era satisfatória e suficiente, inclusive foi feito uma negociação que possibilitou o aumento no número de plantonistas, mas segundo ela, constantemente não há profissionais para completar a escala. ”Esse déficit acaba sobrecarregando a equipe e traz prejuízos para o atendimento dos pacientes com qualidade, uma vez que o Hemu é um hospital de alta complexidade”, destaca.
Reajuste salarial
Um dos motivos que também influência a paralisação é o reajuste salarial. De acordo com Franscine há 7 anos ginecologistas não tem aumento salarial. Segundo ela os valores repassados atualmente estão fora do praticado no mercado.
A presidente do Simego explica que em 2022 foi aberta uma negociação de um acordo com intervenção do próprio sindicato, mas nada foi feito e houve apenas assinatura do Simego sem contemplar os direitos dos médicos.
De acordo com Franscine, na sexta-feira (20), será realizada uma assembléia e nova reunião com representantes da Simego para deliberar sobre a possibilidade da suspensão da paralisação do dia 24 e os novos passos a serem seguidos.
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