A deputada federal eleita mais bem votada de Goiás, Silvye Alves (União Brasil) se considera uma expoente na representação da direita no Brasil mas não quer fazer oposição radical ao presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O assunto, inclusive, ainda é debatido pela executiva nacional da legenda que até negocia e pode ir para a base petista.
Mas Silvye está certa de duas coisas: confia no trabalho que o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-GO) vem fazendo e se for para a oposição, não fará nada que “prejudique o andamento” do Brasil, tampouco será “no grito”. As declarações foram feitas nesta segunda-feira (14/11), ao jornal O Popular.
Questionada pelo jornalista Jackson Abrão qual será sua postura diante do governo petista Silvye Alves diz que primeiro aguardará a posição do União Brasil. “Eu não sei qual a decisão do partido. Acredito que quando tomarmos posse a gente vai se reunir e definir qual lado iremos”, destacou.
“A única coisa que sei e estou convicta é para a reeleição do presidente da casa, o deputado Arthur Lira. Confio muito no trabalho dele, eu acho que a gestão que ele fez até agora foi benéfica”, salientou Silvye Alves que saiu em defesa do parlamentar na questão do orçamento secreto.
“Por mais que as pessoas tenham titulado o orçamento secreto, a imprensa que intitulou de orçamento secreto. O orçamento deixa de passar pela mão dos Ministérios e vai direto nas mãos dos deputados para que eles consigam levar suas emendas para os municípios”, pontuou.
Silvye Alves quer representar a direita, mas sem radicalismos: “Na minha equipe várias pessoas eram eleitores do Lula”
Questionada qual caminho entre a direita e esquerda, a parlamentar eleita queria trilhar, Silvye foi taxativa. Não se vê andando por trilhas esquerdistas mas também não quer rumar para ares extremistas. “Na minha equipe tinham várias pessoas eleitoras do Lula e eu sempre tive respeito pelas pessoas. Nunca vou apontar o dedo”, destacou.
Alves ainda disse que suas pautas, que será atuante na área social e na defesa dos direitos da mulher, terá como foco todos os brasileiros, inclusive, petistas.
Certa está também que se o governo federal quiser executar suas pautas, terá de dialogar com o Congresso. “Nunca votei no PT e nem no Lula. Eu acredito que eles vão ter que buscar o apoio do Senado e da Câmara senão vai ser ingovernável”, pontuou. A jornalista ainda fez questão de frisar que quer passar os próximos quatro anos à frente a Câmara dos Deputados. Planos para 2024, numa eventual candidatura à Prefeitura de Goiânia, ainda não estão à mesa.
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