A falta de uma pauta de reuniões da Câmara Deliberativa do Transporte Coletivo (CDTC), para este ano, deve levar o sindicato das empresas do setor (Setransp) a tomar decisões sem consultar o órgão deliberativo, no intuito de tornar compatível “o serviço ofertado ao valor arrecadado com as passagens”. É o que informa em reportagem do Jornal O Popular, o vice-presidente do Setransp, Décio Caetano.
“O poder público parece ter tomado a posição de não conversar mais este ano, então vamos tomar nossas decisões. Sabemos que existe risco no que possamos fazer”, avisa ele, prevendo que o cumprimento do contrato por parte das empresas possa ser questionado. No entanto, ele diz que o documento já foi “rasgado” com a decisão do poder público de brecar o aumento da tarifa.
Os empresários propõem, sobretudo, o fim do programa Ganha Tempo, lançado pela prefeitura de Goiânia, e que permite ao usuário viajar em até três ônibus, pagando uma só passagem, no período de 2h30. O prejuízo estimado com a medida é de cerca de 8%.
No entanto, devido à falta de quorum nas duas últimas reuniões da CDTC, o assunto sequer foi colocado em pauta.
Caetano revela, inclusive, que, devido a crise das empresas, no último semestre, algumas viagens nos chamados “entrepicos” e nos fins de semana foram retiradas. A medida, segundo argumenta, teve a anuência da Companhia Metropolitana de Transporte Coletivo (CMTC).
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