O setor de serviços foi o que mais movimentou a economia de Goiás em anos recentes. Dados divulgados nesta quarta-feira (27) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), por meio da Pesquisa Anual de Serviços (PAS 2023), mostram que o estado alcançou o maior número de empresas de serviços da série histórica, iniciada em 2007.
O desempenho colocou Goiás na oitava posição no ranking nacional de empresas de serviços, ficando atrás de São Paulo, em 1º, seguido de Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Bahia, 7º, respectivamente. Goiás lidera na região Centro-Oeste.
Em 2023, o mercado goiano registrou 59.985 empresas ativas no setor de serviços não financeiros, um crescimento de 4,4% em relação ao ano anterior. A receita bruta do setor atingiu R$ 74,9 bilhões, consolidando os serviços como grande motor da economia estadual.
Menos emprego e salários maiores
O estudo ainda aponta que, embora o número de trabalhadores no setor tenha caído 3,3%, a remuneração média subiu para R$ 2.293 mensais, equivalente a 1,75 salário mínimo. Segmentos como serviços profissionais, administrativos e complementares foram os que mais impulsionaram o crescimento, com aumento de 10,6% no número de empresas.
Outro destaque foi o avanço nas atividades de informação e comunicação, que cresceram 17,6%, e nos serviços pessoais, com salto de 39,2%. Já o setor de transportes sofreu retração, com queda de 10,8% no número de empresas.
A pesquisa reforça que o setor de serviços em Goiás sustentou grande parte da geração de receita e dinamismo empresarial. Revela ainda o poder de diversificação da economia goiana, capaz de ir além do agronegócio.
“No contexto nacional, o avanço foi maior, de 5,5%, com o número de empresas ativas no Brasil subindo de 1.649.654 para 1.739.946 em 2023. Desde o início da série histórica em 2007, quando Goiás registrava 17.646 empresas, houve um crescimento substancial para o patamar atual”, destacou o IBGE ao divulgar os dados regionalmente.
A pesquisa leva em conta diversas informações econômico-financeiras tais como receitas bruta e líquida; número de empresas; pessoal ocupado; gastos com pessoal; despesas financeiras, operacionais e não operacionais; e aquisições e baixas do ativo imobilizado, entre outros aspectos.
Principais destaques do levantamento do IBGE
- Número recorde de empresas: Goiás chegou a 59.985 empresas de serviços em 2023, crescimento de 4,4% em relação a 2022.
- Receita bilionária: O setor movimentou R$ 74,9 bilhões, representando 27,5% da receita da região Centro-Oeste e 2,2% do total nacional.
- Queda no emprego, mas salário maior: o setor empregou 421,9 mil pessoas (queda de 3,3% frente a 2022), mas a remuneração média subiu para R$ 2.293 mensais (1,75 salário mínimo).
- Segmentos em alta:
- Serviços profissionais, administrativos e complementares: +10,6% (25,6 mil empresas)
- Outras atividades de serviços: +19,4%
- Serviços pessoais: +39,2%
- Informação e comunicação: +17,6%
- Segmentos em queda:
- Transporte rodoviário: -12,3%
- Alojamento e alimentação: -8,9%
- Atividades imobiliárias: -6,6%
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