O setor de serviços em Goiás teve uma tímida recuperação em maio, com avanço de 2,2% em relação ao mês de abril, informou a Pesquisa Mensal de Serviços do IBGE. O resultado positivo interrompe uma sequência de três quedas, iniciada com a chegada da epidemia de Covid-19. Apesar disso, a queda em 2020 já é de 8,2%, superior à média nacional, de 7,6%.
Se comparado a maio de 2019, o resultado deste ano é ainda pior. O tombo é de 15,4%, reflexo das medidas restritivas impostas para tentar barrar o avanço do coronavírus Sars-CoV-2.
Na comparação com o ano passado, a queda foi generalizada. Todas as cinco atividades analisadas pela pesquisa apresentaram retração. A queda mais intensa foi nos serviços prestados às famílias, com variação de -68,9%, sendo a segunda maior queda da série histórica de Goiás para a atividade, perdendo apenas para abril de 2020 (-71,7%), acumulando assim uma queda de 33,0% no ano.
O setor é composto principalmente pelo segmento de alojamento e alimentação, e ambos estão sofrendo restrição para o funcionamento por não serem considerados serviços essenciais, permanecendo fechados ou funcionando com capacidade reduzida.
Seguindo a tendência, os serviços de informação e comunicação tiveram queda de 13,4%, sendo a
maior queda desde outubro de 2017 (-18,2%). O setor vem registrando quedas desde novembro de 2018. Contudo, os recuos foram mais intensos para os meses de março, abril e maio de 2020, quando foi decretado o isolamento social. Por fim, os Outros Serviços apresentaram recuo de 10,7%, registrando quedas desde setembro de 2019.
Goiás se salva em maio
Apesar dos números negativos, Goiás foi uma das 11 unidades federativas do país que tiveram recuperação em maio. Santa Catarina liderou, com 6,4%. O volume de serviços goiano foi o sétimo, atrás ainda de Rio Grande do Sul, Paraíba, Bahia, Rondônia e Mato Grosso. O pior resultado foi no Distrito Federal, com tombo de 13,9%.
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