11 de agosto de 2024
Causas

Setembro Amarelo: médico explica a importância da prevenção do Suicídio e formas de colaborar

Mês de setembro é dedicado à lembrança do Setembro Amarelo, uma campanha brasileira de prevenção do suicídio. (Foto: reprodução)
Mês de setembro é dedicado à lembrança do Setembro Amarelo, uma campanha brasileira de prevenção do suicídio. (Foto: reprodução)

O mundo, como o conhecemos, se mostra cheio de desafios emocionais, o que torna importante cuidar uns dos outros e fomentar a saúde mental. Entre este e outros aspectos é que este mês aparece como período para lembrar da campanha brasileira de prevenção do suicídio oficialmente iniciada em 2015, o Setembro Amarelo. A escolha desse mês se deve ao fato de que, desde 2003, o dia 10 de setembro é reconhecido como o Dia Mundial de Prevenção do Suicídio.

Nesse contexto, o médico intensivista Dr José Israel Sanchez Robles lembra da importância em abordar e facilitar o acesso à prevenção do suicídio, destacando indicadores de alerta, recursos disponíveis e o papel que todos nós desempenhamos na segurança emocional de nossos entes queridos.

“Vale ressaltar que, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), o suicídio é uma das principais causas de morte em todo o mundo. Em 2019, mais de 700 mil vidas foram perdidas devido a doenças relacionadas a problemas emocionais, representando uma em cada 100 mortes no mundo, conforme pesquisas realizadas pela organização”, reforça o médico.

Outro fator de extrema importância no enfrentamento de transtornos mentais é a capacidade de ouvir com empatia. Isso desempenha um papel fundamental na prevenção do suicídio, visto que, em momentos de desespero, o apoio pode fazer toda a diferença. Muitas pessoas que consideram o suicídio estão passando por intensas angústias emocionais e a percepção de que alguém se importa pode proporcionar esperança.

José Israel pontua que também é preciso ficar atento a indicadores de alerta é igualmente vital para auxiliar aqueles que estão enfrentando desafios emocionais. “Mudanças acentuadas no comportamento, isolamento, menções à morte e sentimentos de desespero são alguns dos sinais que demandam nossa atenção”, exemplifica o especialista.

“Iniciar uma conversa com alguém que suspeitamos estar em risco é fundamental. Demonstrar empatia, ouvir sem julgamentos e abordar diretamente seus sentimentos podem criar um ambiente seguro para a expressão de seus pensamentos e emoções”, completa o médico.

Vale lembrar, ainda, que que há diversos recursos disponíveis para pessoas que precisam de ajuda ou para quem quer cooperar com a causa, tais como linhas de apoio e profissionais de saúde mental, é igualmente relevante. O Centro de Valorização da Vida (CVV) oferece suporte 24 horas por telefone, chat e e-mail, enquanto psicólogos e psiquiatras estão prontos para fornecer orientação especializada.

“A prevenção do suicídio é uma responsabilidade que recai sobre todos nós. Pequenos atos de bondade, apoio e escuta podem efetuar uma diferença significativa na vida de alguém. Se você estiver preocupado com alguém, não hesite em oferecer ajuda ou buscar assistência profissional”, reflete ainda Dr José Israel.

O médico conclui que o tema da prevenção do suicídio é uma responsabilidade compartilhada e essencial. “Cada indivíduo possui o poder de oferecer apoio e compreensão a alguém que enfrenta dificuldades. Ao nos educarmos sobre os indicadores de alerta, ao promovermos diálogos abertos e ao estarmos dispostos a auxiliar, podemos efetuar uma mudança real na vida daqueles que enfrentam desafios emocionais. Unidos pela vida, podemos proporcionar esperança, apoio e solidariedade a todos que necessitam”, garante ele.


Leia mais sobre: Brasil

Comentários