25 de dezembro de 2024
Cuidado redobrado • atualizado em 25/11/2023 às 09:42

SES-GO alerta para contaminação de leptospirose durante época de chuvas em Goiás

A doença é transmitida por contato da pele humana com a urina de animais infectados, e no período de chuvas há aumento de casos por conta de água contaminada em alagamentos, enxurradas e inundações
Durante o período de chuvas o número de casos de leptospirose aumenta devido ao contato com água contaminada em enxurradas, alagamentos e inundações nas ruas. Foto: SES-GO
Durante o período de chuvas o número de casos de leptospirose aumenta devido ao contato com água contaminada em enxurradas, alagamentos e inundações nas ruas. Foto: SES-GO

Início da época de chuvas em Goiás chama atenção para cuidados com saúde, em especial, para doenças adquiridas por contato com água contaminada, como a leptospirose. A Secretaria da Saúde (SES-GO) alerta sobre o risco da doença transmitida pelo contato da pele humana com urina de animais infectados, geralmente presente nas águas paradas nas ruas.

O contato direto e indireto com a água contaminada em situações de alagamentos, enxurradas e inundações pode recorrer a casos graves de leptospirose, que pode chegar a 40% de letalidade. A leptospirose é uma doença infecciosa grave, causada pela bactéria leptospira, comumente presente na urina de ratos e outros roedores.

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Cuidados e prevenção

De acordo com a enfermeira da Gerência de Vigilância Epidemiológica de Doenças Transmissíveis da Superintendência de Vigilância em Saúde (Suvisa/SES), Lúcia Ramos Magalhães, a época de chuvas demanda cuidados extras para a leptospirose. “Nesse período de chuva pós-enchente, a lama, água (em bueiros e esgoto), tudo pode estar contaminado pela urina, em especial dos roedores. Ela é uma doença que tem um período de incubação de três a 14 dias, em média sete dias”, afirma. 

Conforme dados da SES-GO, em 2023, houve o registro de uma morte por leptospirose no estado, assim como em 2021. Não houve óbitos pela doença em 2022. Em relação ao número de casos, foram 25 neste ano, 18 no ano passado e 21 em 2021.

A enfermeira destaca que não há uma vacina para proteção contra leptospirose, por isso, a melhor forma é a prevenção e o cuidado ao andar em regiões de alagamento e presença de enxurradas. “A recomendação é não se expor a situações de risco. Evitar as enxurradas, fazer o descarte adequado do lixo, evitar a água e lama de enchentes, manter a caixa d’água tampada, manter os lotes e casas limpas, armazenar os alimentos em locais inacessíveis aos roedores e controle da população de roedores”, ressalta Lúcia. 

Lúcia alerta para os sintomas da lepstospirose, que pode causar febre, dores de cabeça, musculares e nas panturrilhas, além do amarelamento dos olhos e da pele, chamados de icterícia.“É uma doença que pode comprometer todo o organismo, podendo evoluir de uma forma leve para uma forma grave, que é o nosso maior problema, porque a letalidade é alta. Nas formas graves, o paciente geralmente precisa ser internado. Alguns vão para o respirador. A doença pode evoluir para complicações renais, respiratórias e hemorragias”, destaca. 


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