19 de novembro de 2024
Brasil

Servidores prometem greve no fim de agosto contra congelamento de salário

Representantes dos servidores públicos federais decidiram nesta terça-feira (15) que farão um dia de protestos no fim de agosto contra a intenção do governo de congelar o reajuste salarial de algumas categorias do funcionalismo público e de limitar o salário inicial de novos servidores a R$ 5.000.

A categoria esteve reunida nesta terça no Fonacate (Fórum Nacional Permanente de Carreiras Típicas de Estado).

“Vamos fazer atos públicos para mostrar que, se o governo insistir, vamos endurecer nas nossas ações”, alerta o presidente do Sinait (Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais do Trabalho), Carlos Silva.

O dia nacional de protestos será realizado entre 29 e 31 de agosto, sendo que as bases vão definir a data das paralisações nas suas regiões.

“Todas as categorias concordaram com a medida”, garante Silva.

Além da greve de um dia, o representante sindical disse que outras duas ações foram aprovadas durante a reunião.

Departamentos jurídicos dos sindicatos dos servidores trabalharão em conjunto para definir a melhor ação judicial contra as medidas do governo e também será apresentada uma denúncia na OIT (Organização Internacional do Trabalho) por descumprimento da Convenção 151, que trata da negociação coletiva do funcionalismo público.

“Estamos articulados para reagir, inclusive juridicamente, se o governo insistir em tirar os direitos adquiridos pelos trabalhadores”, enfatiza Silva.

Histórico

Para tentar reduzir o rombo do Orçamento 2018, o governo pretende adiar o reajuste salarial de parte dos servidores públicos para o segundo semestre do ano que vem.

O congelamento dos salários de servidores garantiria, segundo o governo, economia de R$ 9,8 bilhões.

Serão atingidos professores, militares, policiais, auditores da Receita Federal, peritos do INSS, diplomatas e oficiais de chancelaria e carreiras jurídicas. Outras categorias poderão ser incluídas.

Além disso, o salário inicial de novos servidores ficará restrito a R$ 5.000 e haverá corte de benefícios como auxílio-moradia e ajuda de custo em casos de remoção. (Folhapress)

 


Leia mais sobre: Brasil