19 de dezembro de 2024
Brasil • atualizado em 13/02/2020 às 00:34

Servidores fazem ‘ceia da miséria’, com pão e água, contra Pezão

(Foto: Alessandro Buzas/Futura Press/Folhapress)
(Foto: Alessandro Buzas/Futura Press/Folhapress)

Os servidores do estado do Rio serviram nesta sexta (22) uma ceia de Natal com pão e água em frente à sede do governo, para protestar contra os atrasos de salários do funcionalismo público.

O protesto é chamado de “ceia da miséria”, em alusão às dificuldades que os servidores terão para comemorar as festas de fim de ano.

Na quinta (22), o governo anunciou que devido a um novo bloqueio nas contas do estado, suspendeu a primeira parcela do pagamento de novembro, que seria depositada nesta sexta.

Até agora, apenas servidores da educação e da segurança pública, além de aposentados da segurança, receberam o mês de novembro.

Os demais receberão a primeira parcela, de R$ 264, apenas no dia 5 de janeiro.

A manifestação teve início por volta das 11h desta sexta (23), com uma caminhada entre o Largo do Machado e o Palácio da Guanabara, onde fica a sede do governo, em Laranjeiras, na zona sul.

“Estamos com sangue nos olhos porque nossos pensionistas vão passar o Natal e o Ano Novo sem salarios”, disse o presidente da Associação dos Bombeiros Militares do Estado do Rio, Mesac Eflain, que vem liderando os protestos desde o início da crise.

Por volta de meio dia, foram servidas fatias de pão e copos d’água aos manifestantes. Os manifestantes fecharam os dois sentidos da rua Pinheiro Machado, importante ligação entre as zonas sul e norte da cidade.

Durante todo o trajeto, foram gritadas palavras de ordem contra o governador Luiz Fernando Pezão (PMDB).

Até o momento, porém, a situação é tranquila, sem confrontos com a polícia.

A adesão é menor que em protestos anteriores, com pouca presença de servidores da segurança pública, que já receberam os salários de novembro.

“Disseram que o pagamento seria feito hoje, agora vai ser no dia 5. Será que vai dar mesmo? Não pagar os aposentados é um crime”, reclamou a professora aposentada Marila Carvalho Bastos, 82, que acompanhou o cortejo em uma cadeira de rodas por dificuldades para se locomover.

O governo alega que não tem como pagar os salários por causa de um bloqueio de R$ 128 milhões feito nas contas do estado na quinta, por não pagamento de parcelas da dívida da União. Desde o início do mês, já são R$ 550 milhões.

Folhapress

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