Servidores do Estado do Rio deram início, na manhã desta terça-feira (6), a mais um protesto contra o pacote de medidas de ajuste fiscal proposto pelo governador Luiz Fernando Pezão (PMDB).
Os funcionários públicos se reúnem em frente à Alerj (Assembleia Legislativa do Rio).
Nesta terça, o pacote começa a ser votado pelos deputados estaduais. O prédio da Alerj está cercado por grades e há grande contingente policial no local.
A ideia do Muspe (Movimento Unificado dos Servidores Estaduais) é que o Legislativo devolva integralmente ao Executivo.
Nesta terça, está prevista a votação do trecho do pacote que propõe a redução do salário do governador e de secretários, bem como a extinção de pastas da administração estadual. A avenida Presidente Antônio Carlos, que passa em frente a Alerj, foi fechada por volta das 11h.
Caso o pacote avance, o movimento, formado por 42 categorias de servidores pretende organizar uma greve geral nos dias 14 e 15 deste mês.
Há também uma proposta, ainda indefinida, de que seja montado um acampamento permanente na frente da Alerj.
O Muspe é formado por servidores da segurança -policiais civis e militares, agentes penitenciários e bombeiros-, da Justiça, educação, saúde e cultura.
O presidente da Associação dos Bombeiros do Rio, Mesac Eflain, afirmou que com a chegada de dezembro, o parcelamento de salários e a dúvida quanto o depósito do 13º salário, os ânimos estão exaltados.
Ele afirma que o Muspe, do qual é um dos dirigentes, não tem qualquer orientação pela radicalização do protesto, com uso de desobediência civil ou até violência por parte dos manifestantes.
“Mas nós [dirigentes] não somos deuses. As pessoas têm livre arbítrio e estão em situação precária, sem salários e passando dificuldade em casa. As pessoas estão ficando impacientes. Não sabemos como vai ser a reação das pessoas”, disse.
Até 11h44 não havia registro de tumultos.
Folhapress
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