O candidato do PMDB à Prefeitura de Goiânia, Iris Rezende, afirmou que se eleito vai rever o contrato de concessão da Saneago na capital por se tratar de uma “aberração jurídica” que traz prejuízos para o município e que o fornecimento de água e coleta de esgoto passaria para o comando da prefeitura.
No entanto, o presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústria Urbanas no Estado de Goiás (Stiueg), Washington Fraga, declarou que o candidato está sendo demagogo. “Ele foi governador por duas vezes e nunca se pronunciou sobre este assunto, muito pelo contrário”, criticou.
De acordo com o presidente do Stiueg, Iris pode entrar com ação na Justiça, mas o contrato de Goiânia foi feito em audiência pública, com participação do Ministério Público, dos vereadores, da sociedade civil organizada, e, após isso, ainda houve duas votações na Câmara Municipal.
Washington Fraga disse que Iris Rezende está desinformado. “A nova lei dá amplos poderes ao município de participar da gestão do serviço prestado ao município. Ou seja, hoje tem que ter o Conselho Municipal de Saneamento. Participam deste Conselho a OAB, os vereadores, o CREA. Este Conselho é onde será discutido a viabilidade do Plano Municipal de Saneamento de Goiânia. A prefeitura tem participação ativa neste Conselho, autonomia do município é amplamente respeitada”.
Abastecimento
Ainda de acordo com Washington Fraga, Goiânia é uma cidade com 80% de coleta de esgoto e 97% de abastecimento de água tratada implantada e em funcionamento. “Goiânia é uma das poucas capitais com índices acima da média nacional de atendimento destes serviços. Não tenho noção de quanto seria o valor a ser ressarcido, mas é muito dinheiro, e ainda há investimento que precisam ser feitos em Goiânia”, disse o presidente do Stiueg, a respeito da afirmação de Iris Rezende sobre o não ressarcimento da Saneago.
“A preocupação não é somente com os funcionários da Saneago, mas a quebra do contrato com Goiânia iria inviabilizar a estrutura de saneamento em todo o Estado. O que é estanho é que ele foi governador por duas vezes e nunca se pronunciou sobre este assunto, muito pelo contrário. Agora em um momento eleitoral ele quer utilizar uma empresa que tem mais de 50 anos de serviços prestados no Estado de Goiás para usar suas demagogias eleitorais”, destacou Fraga.
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