Servidores da Educação da rede municipal de Goiânia realizam, nesta terça-feira (15), ato de paralisação em unidades de ensino da capital. Além disso, os trabalhadores se reuniram em frente ao Paço Municipal de Goiânia, em ato organizado pelo Sindicato Municipal dos Servidores da Educação em Goiânia (Simsed), para reivindicação ao pagamento da data-base, aplicação do reajuste do piso nacional, definido em 33,24% pelo governo federal, dentre outros direitos.
Mais de 100 escolas municipais participam do ato e permanecem sem aulas nesta terça-feira. De acordo com servidores presentes no local, a manifestação segue pacífica, com um grande número de pessoas e viaturas de segurança da Guarda Municipal. Ainda conforme participantes da assembleia, o prefeito Rogério Cruz acenou que irá atender membros da comissão de servidores da Educação, em seu gabinete. Porém, deverá conversar individualmente com um representante dos professores, dos servidores administrativos e dos agentes educativos.
Em entrevista ao Diário de Goiás, o coordenador-geral do sindicato, Antônio Gonçalves Rocha Júnior, afirmou que, desde 2019, não há reajuste para a categoria em Goiânia, com perdas salariais calculadas em 23%. A cobrança da data-base ocorre desde o ano passado. “A prefeitura não sinalizou o pagamento, mesmo com a tentativa de negociação”, ponderou o coordenador.
Os servidores decidiram, durante o ato desta terça-feira, o agendamento de uma nova assembleia para o dia 8 de março, às 9 h, na Câmara Municipal de Goiânia, com indicativo de greve. “A prefeitura disse que está estudando, mas ainda não deu uma posição. Como estamos indo para março e a lei diz que a data-base é paga em janeiro, resolvemos paralisar. Depois, vamos nos reunir e decidir uma outra data de paralisação”, elucidou o coordenador do Simsed.
Em nota divulgada à comunidade, o sindicato afirma que desde 2019 houve, ainda, uma inflação acumulada de cerca de 58%. Além disso, alega que a Prefeitura de Goiânia possui verba suficiente para cumprir com o aumento dos Servidores da Educação. “A data-base e o piso são previstos em lei, e se não houver recursos suficientes para cumprimento, a prefeitura deve buscar uma complementação do governo federal”, pontua.
“Exigimos que o prefeito honre com o pagamento dos trabalhadores integralmente e dessa forma, efetive uma política de valorização dos servidores da educação e ofereça condições adequadas e seguras dentro das instituições educacionais”, acrescenta o comunicado.
Auxílio locomoção
A regularização do auxílio locomoção e o vale transporte para temporários da rede municipal era outro ponto reivindicado pela categoria. Na tarde desta segunda-feira (14), entretanto, o prefeito Rogério Cruz anunciou o envio de projeto de lei com tal concessão para a Câmara dos Vereadores.
“Acabo de assinar o Projeto de Lei que concede Auxílio Locomoção aos servidores temporários contratados da Secretaria de Educação que atuam na função de Profissional da Educação II e os trabalhadores administrativos da pasta”, escreveu o chefe do Executivo municipal, em seu perfil nas redes sociais, com a afirmativa de garantir, assim, “a valorização dos profissionais que muito contribuem para a formação de crianças”.
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