Professores, funcionários administrativos e estudantes fizeram uma manifestação nesta sexta-feira (27) contra a intenção do governo de Goiás de repassar a gestão das escolas estaduais para Organizações Sociais (OS’s). Foi realizado um abraço simbólico no Colégio Lyceu de Goiânia e logo em seguida os participantes percorreram algumas vias no centro da capital.
A presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Educação em Goiás (Sintego), Bia de Lima, reclama que não está havendo abertura com a categoria para discutir o processo. Além disso, a sindicalista destaca que os recursos a serem repassados pelas OS poderiam ser direcionados aos diretores das unidades.
“Nós estamos aqui neste ato para mostrar que é uma iniciativa do governo que tem como consequência os prejuízos a categoria”, avalia.
Bia de Lima ressalta que caso as OS’s assumam as escolas poderá haver atrasos de pagamentos, como já foram registrados neste ano, na área da Saúde.Participação de alunos
Alguns alunos de escolas estaduais também participaram das atividades desta sexta no centro da capital. A estudante Rebeca Calgário avalia que a defesa da causa dos professores pode trazer benefícios para os alunos.
“Os estudantes são fundamentais na luta pela escola pública. Os professores podem ser vítimas de pressão do governo, os estudantes não. Nós podemos ganhar, pois acreditamos numa escola pública e de boa qualidade para todos”, argumenta.
Interior
Valdemar Paula integrante do Sintego em Rio Verde, destaca que no interior de Goiás também serão feitas mobilizações no intuito de conscientizar a população de que as escolas serão repassadas para Organizações Sociais e que os servidores públicos poderão ter diversos prejuízos.
“Não é diferente da capital. Estamos percorrendo a região para explicar as pessoas que as OS’s podem trazer problemas ao povo”, ressalta Valdemar.
Agenda
A presidente do Sintego Bia de Lima destacou que outras ações já estão programadas. Uma delas está programada para o dia 8 de dezembro, que será uma audiência pública para que o assunto seja debatido.
“Vamos buscar todas as possibilidades, primeiro no âmbito do judiciário em que o Ministério Público já foi provocado para que tomes providências, temos a audiência pública no próximo dia 8. É só o começo de uma série de mobilizações”, argumenta Bia de Lima.
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