13 de agosto de 2024
Cidades

Servidores admitem irregularidades na entrega de cavaletes na SMT

José Carlos foi chefe do almoxarifado em 2015 e 2016 (Foto: Reprodução TV Câmara)
José Carlos foi chefe do almoxarifado em 2015 e 2016 (Foto: Reprodução TV Câmara)

Em depoimento prestado nesta segunda-feira (10), na Comissão Especial de Inquérito (CEI) que investiga irregularidades na SMT, funcionários do órgão de trânsito admitiram que ocorreram irregularidades no almoxarifado, em relação a entrega de cavaletes. Foram ouvidos os servidores: José Carlos Martins e Maria Bernadete dos Santos.

Veja o depoimento prestado pelos servidores

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O servidor público José Carlos Martins, foi chefe do almoxarifado entre 2015 e 2016, quando foram pagos 7.150 cavaletes à empresa JBA Comercial Ltda. Em parte deste período, ocupava o cargo de diretora administrativa da SMT, Maria Bernadete dos Santos.

Tanto José Carlos, quanto Bernadete destacaram que os cavaletes eram entregues de forma gradual. José argumentou que o pátio do almoxarifado não comportava a quantidade de cavaletes que foi adquirida. José Carlos disse que o almoxarifado não tem controle sobre a entrada e saída dos cavaletes e que a retirada no fornecedor é feita com requisições, que são juntadas para depois serem emitidas as notas fiscais.

José Carlos explicou que começou como auxiliar de serviços gerais e foi promovido a chefe do almoxarifado em 2014. Em determinado momento do depoimento ele declarou que assumiu a função sem conhecimento das atribuições. Ocupou o cargo até o início deste ano e confirmou ter visto apenas 800 cavaletes nesse período.

Já Maria Bernadete declarou que atestou o pagamento das notas fiscais de recebimento de 4 mil cavaletes, mas não há comprovação da entrega dessa quantidade. Ela disse aos vereadores que informaram que os cavaletes são feitos com material frágil e que além de se estragarem com muita facilidade, são muitas vezes roubados na rua, pois os agentes não costumam recolher as unidades que colocam para interdição das vias.

O presidente da CEI da SMT, vereador Elias Vaz (PSB), disse a Maria Bernadete que ela assinou notas fiscais, atestos e documentos de entrada desses materiais sem verificarem se realmente foram entregues. Maria Bernadete se disse surpresa de que os 4.000 cavaletes aos quais atestou a nota fiscal não tenham sido entregues.

Requerimentos

Os parlamentares aprovaram requerimentos solicitando oitivas de servidores da área de planejamento da SMT, responsáveis pelas licitações, confecção de notas fiscais, além de agentes de trânsito que assinaram a retirada de grande quantidade de cavaletes. Também o gerente Alexandre Silva Kruk e a assessora de planejamento Suzana Maria da Silva.

Além do contrato da compra de cavaletes, a CEI vai investigar os contratos para compra e sincronização de semáforos, fotossensores e a destinação dos recursos arrecadados com multas de trânsito.


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