O juiz federal Sérgio Moro aceitou nesta sexta-feira (29) duas denúncias apresentadas pelo Ministério Público Federal (MPF), em Curitiba, nesta quinta-feira (28). As denúncias envolvem 12 investigados, entre elas pessoas já denunciadas e condenadas.
Segundo o MPF, a Odebrecht teria criado um departamento estruturado de operações financeiras paralelas para fazer o pagamento de vantagens indevidas a servidores públicos por contratos firmados pela empresa com a administração pública.
Planilhas apreendidas pela Polícia Federal apontam que entre outubro de 2014 e maio de 2015, quando a Lava Jato já havia sido deflagrada, a Odebrecht pagou R$ 22,5 milhões a uma pessoa denominada Freira. De acordo com as investigações, o apelido era utilizado para referir ao publicitário João Santana.
O juiz esclareceu, na decisão, que existem provas de transferências bancárias, a partir de documentos e de delação premiada de ex-funcionária da Odebrecht, Maria Lúcia Guimarães Tavares.
“Em especial, tem-se o depoimento da acusada colaboradora Maria Lúcia, que descreveu o funcionamento do setor de Operações Estruturadas, além de documentos que suportam as afirmações e, inclusive, por parte de alguns dos acusados, mesmo sem acordo de colaboração, a admissão da existência das transações, com apresentação de justificativas controvertidas”, afirmou Sérgio Moro.
Com informações da Agência Brasil
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