22 de dezembro de 2024
Prevenção

Sepse: Saúde alerta para riscos de infecções generalizadas

Cuidados envolvem rotinas de saúde diárias, como manter um estilo de vida saudável, higienizando regularmente as mãos e mantendo as vacinas em dia
Unidades como o HDT organizam constantes capacitações de seus profissionais de saúde e atividades para conscientizar a população sobre a sepse. Foto: Iron Braz
Unidades como o HDT organizam constantes capacitações de seus profissionais de saúde e atividades para conscientizar a população sobre a sepse. Foto: Iron Braz

Para alertar sobre os riscos de infecções generalizadas, a Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO) destaca uma série de rotinas de saúde diárias que podem evitar essa condição de saúde complexa e potencialmente fatal. Anualmente, ocorre em 13 de setembro o Dia Mundial da Sepse, data que visa conscientizar a população sobre o tema, apontando práticas como manter um estilo de vida saudável, higienização regular das mãos e manter as vacinas em dia.

Além disso, evitar a automedicação, sobretudo com antibióticos, e buscar ajuda médica ao perceber sintomas de infecção também são fundamentais para reduzir o risco.

Com o objetivo de aumentar a conscientização sobre a septicemia, como também é conhecida a doença, que ocorre devido a uma resposta inflamatória desregulada do corpo, levando a um estado em que o sistema circulatório não consegue suprir adequadamente as demandas de oxigênio e nutrientes dos órgãos, unidades de saúde como o Hospital Estadual de Doenças Tropicais Dr. Anuar Auad (HDT), programam uma série de atividades.

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Incidência de casos de sepse preocupa

No Brasil, a incidência de casos é preocupante. Dados recentes divulgados pelo Instituto Latino Americano de Sepse (Ilas) mostram 430 mil casos registrados em Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) e uma taxa de letalidade de 55%, com 230 mil óbitos.

“É essencial que as pessoas saibam o que é a sepse, como identificá-la e como tratá-la. Se o conhecimento sobre os sintomas for disseminado, podemos mudar o curso de casos em que as mortes seriam evitáveis”, destaca Marina Roriz, médica infectologista do Serviço de Controle de Infecção Hospitalar (SCIH) do HDT, ao enfatizar a importância da divulgação do tema para o público em geral.

A infectologista ainda reforça a importância das constantes capacitações do HDT para que os profissionais de saúde reconheçam os sinais da doença. “A intenção é instruir a equipe para que identifique o mais rápido possível os sinais de sepse, com atenção aos critérios cruciais de suspeita ou confirmação de infecção e, pelo menos, uma disfunção orgânica – respiratória, cardiovascular, neurológica ou de diurese. O reconhecimento precoce pode evitar complicações e salvar vidas”, explica.

A sepse começa com sintomas leves, mas que se agravam à medida que a condição progride. Alguns dos primeiros sintomas incluem febre alta ou hipotermia, calafrios, respiração acelerada ou dificuldade para respirar, aumento da frequência cardíaca e agitação. Os sinais evoluem para queda da pressão arterial, desorientação mental e diminuição da função do coração. O tratamento começa com a administração imediata de antibióticos para tratar a infecção primária, seguida por outros procedimentos médicos.


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