27 de novembro de 2024
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Senadores de Goiás votam à favor da PEC que muda as regras eleitorais

Senado Federal. Foto: Fábio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
Senado Federal. Foto: Fábio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

Os senadores que representam Goiás no Senado Federal foram unânimes ao votarem a PEC da Reforma Eleitoral. Jorge Kajuru (PODE), Luiz do Carmo (MDB) e Vanderlan Cardoso (PSD) disseram sim para o texto que promove mudanças na legislação para as eleições em 2022.

O texto segue agora para promulgação. Uma das principais mudanças é a contagem em dobro dos votos dados a candidatos negros, índios e mulheres para efeito da distribuição dos recursos dos fundos partidário e eleitoral nas eleições de 2022 a 2030. 

A PEC aprovada no Senado também abre uma possibilidade para deputados e vereadores não perderem o mandato se deixarem os partidos, desde que haja anuência das legendas para essa saída. Além disso, fica prevista a mudança na data das posses de presidente da República e governadores. No caso do primeiro, a posse passaria para o dia 5 de janeiro, com governadores tomando posse no dia seguinte. Essa mudança valerá a partir da eleição de 2026.

A relatora da PEC no Senado, Simone Tebet (MDB-MS), decidiu manter em seu relatório apenas os pontos em consenso entre os senadores e os deputados, que já haviam apreciado o texto. Durante o dia, em reunião da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), ficou pacificado que a adoção apenas das questões consensuais evitaria um retorno do texto à Câmara.

Outro trecho mantido foi a possibilidade de realização de plebiscitos municipais durante o processo eleitoral. A ideia é utilizar a estrutura já dispensada nas eleições em plebiscitos que sejam necessários em determinado município. Essa ideia é empregada, por exemplo, nas eleições dos Estados Unidos.

Coligações

Como não era consenso, a relatora tirou da PEC a volta das coligações partidárias em eleições proporcionais (deputados e vereadores). A coligação partidária nessas circunstâncias havia sido extinta na reforma eleitoral de 2017, mas os deputados tentaram reintroduzi-la. 

“A coligação nas eleições proporcionais é objeto de crítica e tentativa de supressão nas duas Casas do Congresso Nacional desde a década de 1990”, justificou Tebet em seu relatório. Para ela, a volta das coligações seria inconstitucional.

Outro ponto que ficou de fora do texto aprovado foi a alteração das regras de apresentação de projeto de lei (PL) por iniciativa popular. Atualmente, um projeto de lei de iniciativa popular deve ter a assinatura em papel de, no mínimo, 1% do eleitorado nacional, distribuído em, pelo menos, cinco estados, com não menos de 0,3% dos eleitores em cada um deles.

Os deputados haviam aprovado a redução de assinaturas para 100 mil eleitores com assinatura eletrônica. Para a relatora, a medida pode facilitar fraudes no processo de apresentação de um PL por iniciativa popular. Isso porque, segundo ela, a dinâmica das redes sociais ainda não garante a realização desse processo de forma transparente.

Veja como cada senador votou a PEC da Reforma Eleitoral:

Mailza Gomes (PP-AC) – l Ausente na votação

Marcio Bittar (MDB-AC) – Não

Sérgio Petecão (PSD-AC) – Sim

Fernando Collor (PROS-AL) – Sim

Renan Calheiros (MDB-AL) – Ausente na votação

Rodrigo Cunha (PSDB-AL) – Sim

Eduardo Braga (MDB-AM) – Ausente na votação

Omar Aziz (PSD-AM) – Sim

Plínio Valério (PSDB-AM) – Sim

Davi Alcolumbre (DEM-AP) – Sim

Lucas Barreto (PSD-AP) – Sim

Randolfe Rodrigues (REDE-AP) – Sim

Angelo Coronel (PSD-BA) – Ausente na votação

Jaques Wagner (PT-BA) – Ausente na votação

Otto Alencar (PSD-BA) – Sim

Cid Gomes (PDT-CE) – Ausente na votação

Eduardo Girão (PODEMOS-CE) – Não

Tasso Jereissati (PSDB-CE) – Sim

Izalci Lucas (PSDB-DF) – Sim

Leila Barros (CIDADANIA-DF) – Sim

Reguffe (PODEMOS-DF) – Não

Fabiano Contarato (REDE-ES) – Sim

Marcos do Val (PODEMOS-ES) – Sim

Rose de Freitas (MDB-ES) – Sim

Jorge Kajuru (PODEMOS-GO) – Sim

Luiz do Carmo (MDB-GO) – Sim

Vanderlan Cardoso (PSD-GO) – Sim

Eliziane Gama (CIDADANIA-MA) – Ausente na votação

Roberto Rocha (PSDB-MA) – Sim

Weverton (PDT-MA) – Sim

Antonio Anastasia (PSD-MG) – Sim

Carlos Viana (PSD-MG) – Sim

Rodrigo Pacheco (DEM-MG) – como presidente do Senado, só votaria em caso de empate

Nelsinho Trad (PSD-MS) – Ausente na votação

Simone Tebet (MDB-MS) – Sim

Soraya Thronicke (PSL-MS) – Sim

Carlos Fávaro (PSD-MT) – Sim

Jayme Campos (DEM-MT) – Sim

Wellington Fagundes (PL-MT) – Sim

Jader Barbalho (MDB-PA) – Ausente na votação

Paulo Rocha (PT-PA) – Sim

Zequinha Marinho (PSC-PA) – Sim

Daniella Ribeiro (PP-PB) – Sim

Nilda Gondim (MDB-PB) – Sim

Veneziano Vital do Rêgo (MDB-PB) – Sim

Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE) – Sim

Humberto Costa (PT-PE) – Sim

Jarbas Vasconcelos (MDB-PE) – Ausente na votação

Eliane Nogueira (PP-PI) – Sim

Elmano Férrer (PP-PI) – Sim

Marcelo Castro (MDB-PI) – Sim

Alvaro Dias (PODEMOS-PR) – Sim

Flávio Arns (PODEMOS-PR) – Sim

Oriovisto Guimarães (PODEMOS-PR) – Sim

Carlos Portinho (PL-RJ) – Sim

Flávio Bolsonaro (PATRIOTA-RJ) – Sim

Romário (PL-RJ) – Sim

Jean Paul Prates (PT-RN) – Sim

Styvenson Valentim (PODEMOS-RN) – Sim

Zenaide Maia (PROS-RN) – Sim

Acir Gurgacz (PDT-RO) – Sim

Confúcio Moura (MDB-RO) – Sim

Marcos Rogério (DEM-RO) – Sim

Chico Rodrigues (DEM-RR) – Sim

Mecias de Jesus (REPUBLICANOS-RR) – Sim

Telmário Mota (PROS-RR) – Sim

Lasier Martins (PODEMOS-RS) – Sim

Luis Carlos Heinze (PP-RS) – Sim

Paulo Paim (PT-RS) – Sim

Dário Berger (MDB-SC) – Sim

Esperidião Amin (PP-SC) – Sim

Jorginho Mello (PL-SC) – Sim

Alessandro Vieira (CIDADANIA-SE) – Sim

Maria do Carmo Alves (DEM-SE) – Sim

Rogério Carvalho (PT-SE) – Sim

Giordano (MDB-SP) – Sim

José Aníbal (PSDB-SP) – Sim

Mara Gabrilli (PSDB-SP) – Sim

Eduardo Gomes (MDB-TO) – Sim

Irajá (PSD-TO) – Ausente na votação

Kátia Abreu (PP-TO) – Sim


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