28 de agosto de 2024
Poderes • atualizado em 04/10/2023 às 15:51

Senado dá sinal verde pra PEC que limita decisões monocráticas do Judiciário e Barroso reage

Tudo isso ocorreu nesta quarta-feira (4), em Brasília
Vale lembrar que a PEC em questão veda a concessão de decisão monocrática, que é aquela proferida por um único magistrado. (Foto: reprodução)
Vale lembrar que a PEC em questão veda a concessão de decisão monocrática, que é aquela proferida por um único magistrado. (Foto: reprodução)

Após a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado aprovar a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que limita decisões monocráticas do judiciário e pedidos de vista nos tribunais superiores, o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, já se posicionou sobre o assunto. Sobre o “sinal verde” para a PEC, o ministro afirmou que “numa democracia, nenhum tema é tabu”. “Tudo pode ser discutido e o Congresso é o local próprio do debate”, completou ele.

Tudo isso ocorreu nesta quarta-feira (4), em Brasília. A PEC 8/2021 foi apresentada pelo senador Oriovisto Guimarães (Podemos-PR) e recebeu voto favorável do relator, senador Espiridião Amin (PP-SC). Com isso, o texto segue para deliberação do plenário da Casa. Depois disso é que Barroso se manifestou para falar deste e outros assuntos, por meio de uma coletiva.

O presidente do STF ainda disse que o próprio tribunal já procurou resolver problemas de decisões monocráticas individuais e de pedidos de vista, a partir da iniciativa da ministra Rosa Weber, que se aposentou na última semana, durante sua presidência.

“Em relação ao pedido de vista, [a proposta do Legislativo] seria um retorno da vista em seis meses. Nossa solução é mais rigorosa, porque volta em 90 dias”, continuou Barroso, que ainda disse ter “a melhor relação possível” com os presidentes do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e da Câmara, Arthur Lira (PP-AL): “A capacidade de dialogar não exige concordância, apenas o espírito de boa fé e de boa vontade, e isso acho que todos nós temos.”

Vale lembrar que a PEC em questão veda a concessão de decisão monocrática, que é aquela proferida por um único magistrado, contrapondo-se às decisões colegiadas, típicas de casos em que o pedido jurisdicional esteja em fase de recurso para acelerar o processo de entendimento. A decisão monocrática, em primeira instância, é a regra, mas a PEC, se tornar Lei, suspende a eficácia de lei ou ato normativo com efeito geral ou que suspenda ato dos presidentes da República, do Senado Federal, da Câmara dos Deputados ou do Congresso Nacional.


Leia mais sobre: Brasil

Comentários