O presidente da Comissão de Justiça do Senado, o republicano Chuck Grassley, anunciou nesta quinta-feira (13) que irá convidar Donald Trump Jr., filho mais velho do presidente dos Estados Unidos, a depor sobre seus elos com a Rússia durante a campanha eleitoral.
Grassley afirmou ainda que o depoimento deverá ocorrer em audiência aberta na semana que vem e que, se necessário, intimaria Trump Jr. a comparecer.
Trump Jr., que coordena com seu irmão Eric os negócios de seu pai desde que ele assumiu a Presidência, foi tragado para o centro do escândalo sobre o suposto conluio entre a equipe de campanha de Donald Trump à Casa Branca e autoridades da Rússia.
O jornal “New York Times” revelou que Trump Jr. se reuniu em junho de 2016, durante a campanha eleitoral, com a advogada russa Natalia Veselnitskaia em busca de informações comprometedoras sobre a presidenciável democrata Hillary Clinton.
Após a revelação, Trump Jr. divulgou na terça-feira (11) uma série de e-mails trocados em junho de 2016 com um intermediário de contatos na Rússia.
Nas mensagens, o produtor musical britânico Rob Goldstone, que trabalha para os empresários Emin e Aras Agalarov, próximos ao Kremlin, lhe oferece “documentos e informações oficiais que incriminariam Hillary e os negócios dela” no país como parte de um “esforço do governo russo para ajudar Trump”.
Trump Jr. respondeu dizendo: “Se for o que você está falando mesmo, eu adorei”. Depois disso, eles agendaram um encontro em 9 de junho daquele ano em Nova York entre Trump Jr. e Veselnitskaia, descrita por Goldstone como “advogada do governo russo”.
O caso envolvendo Trump Jr. não tem relação direta com as atuais investigações do FBI (polícia federal americana) e do Congresso sobre a possível interferência do governo russo nas eleições de 2016 e sobre a relação de membros da equipe de campanha de Donald Trump com Moscou. (Folhapress)
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