27 de dezembro de 2024
Política • atualizado em 04/11/2020 às 09:11

Senado aprova PL que dá autonomia ao Banco Central

Davi Alcolumbre. Imagem: Pedro França/Agência Senado.
Davi Alcolumbre. Imagem: Pedro França/Agência Senado.

O Senado aprovou na noite desta terça-feira (3/11) o Projeto de Lei (PL) que confere mandato de quatro anos para o presidente e diretores do Banco Central (BC). Com esta mudança, o presidente apenas indicará os nomes, que serão sabatinados pelo Senado e, sendo aprovados, assumirão os postos. Pelas redes sociais o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AM), comemorou a aprovação. “Demos hoje um passo gigantesco para a nossa inserção internacional. O modelo de BC independente, ou mais especificamente, com autonomia operacional, vem se mostrando, ao longo dos anos, como o mais eficiente para se obter e manter o controle da inflação no longo prazo com os menores custos para a sociedade”, completou Alcolumbre.

O projeto é de autoria do senador Plínio Valério (PSDB-AM), que diz garantir estabilidade da política do Banco Central independente das mudanças de ideias do governo que estiver no Planalto. “Meu projeto não torna independente o Banco Central, é autonomia. Para que ele possa, numa liberdade de não ser demitido da noite para o dia, executar o que foi traçado em comum acordo com o governo”, disse o autor do projeto.

O relator do projeto, Telmário Mota (PROS-RR), também comemora a independência do Banco Central, pois, segundo ele, não estará subordinado a nenhum ministério.

Além da estabilidade do presidente e diretores, o BC passa a ter autonomia do na tomada de providências na política cambial, política monetária, podendo tomar providências autônomas acerca desses temas. “A aprovação do projeto deve levar à redução das expectativas inflacionárias e dos prêmios de risco inflacionários de longo prazo. Essa melhora nas expectativas poderá levar a taxa básica de juros a um patamar menor e juros reais menores, melhorando o ambiente dos negócios e gerando círculo virtuoso na economia brasileira”, disse Mota em seu relatório.

O projeto vai agora à Câmara dos Deputados. Segundo o autor do texto, foi feito um acordo com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, para priorizar a votação do PL, de autoria do Senado.

(com informações da Agência Brasil)


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