A vereadora Dra. Cristina dormiu na última quarta-feira (16/09) como pré-candidata à Prefeitura de Goiânia. Chegou a ser confirmada ao lado de seu então vice Luís Rosa ao pleito. Mas os contornos começaram a mudar ao longo do dia e no começo da tarde viu o PL acenar apoio e anunciar que faria parte da coligação com o MDB apoiando a eleição de Maguito Vilela. Cristina recusou-se a prestar apoio e convocou uma coletiva no fim da tarde alegando traição. “Pra mim, é um momento muito difícil e extremamente difícil. Eu até escrevi algumas coisas por que nessas horas a emoção pode nos trair”, iniciou sua fala.
Cristina pontuou que foram uma série de traições ao longo da semana. Dando várias pausas ao longo de sua fala e bastante emocionada, a vereadora demonstrou empatia com outras mulheres que tiveram seus nomes preteridos nos últimos dias.
“Nós temos mulheres candidatas que essa semana foram expostas. Foram literalmente desconsideradas. Foram traídas por seus partidos”, se referindo a Valdeci Ribeiro, a popular Nega da Moda e a arquiteta Maria Ester, da Rede. A primeira seria vice de Wilder Morais que preferiu abandonar sua candidatura e se tornar vice de Vanderlan Cardoso (PSD) enquanto a segunda viu seu partido mirar apoio à Elias Vaz, do PSB. “Nós assistimos a Nega da Moda, em todos os jornais e redes sociais sendo aclamada como a vice do momento e logo depois, de maneira, sórdida, vil, sendo colocada de lado”, ponderou.
Apenas Adriana Accorsi (PT) e Manu Jacob (PSOL), segundo a vereadora, tiveram os compromissos com seus partidos mantidos. “É o resultado de quem pensa no social, no coletivo e com o coração. E não gente que pensa com o fígado e com a razão que beneficia seu interesse pessoal. Sua sobrevida na política. Aqui são mulheres que pensam no coletivo.”
Cristina lembrou que apenas saiu do PSDB pois não viu garantias no partido de ser lançada candidata. O apoio no entanto foi visto com positivismo pelo PL. “Faltava um partido que me desse essa garantia em Goiânia, eu encontrei com garantia de tempo de televisão, de fundo partidário, de defesa das minhas pautas, de não conflito ao trabalho que venho desenvolvendo junto aos movimentos sociais e isso encontrei no partido liberal. Tive conversa com as lideranças do partido e senti segurança no projeto. O acordo é sempre cumprido”, relatou ao Diário de Goiás em dezembro na época de sua filiação.
Só que no apagar das luzes o acordo não foi cumprido. E o que se viu, segundo Cristina foi o PL ir para o clã de Maguito Vilela.
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