05 de dezembro de 2025
Cidades • atualizado em 15/10/2025 às 09:31

SEMAD investiga possível contaminação de córrego em Trindade por empresa de curtume

Equipe técnica do órgão estadual realizou coleta de água e aguarda resultados laboratoriais para confirmar se houve lançamento irregular de efluentes

A Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (SEMAD) apura uma possível contaminação no Córrego Fazendinha, em Trindade, após a circulação de imagens nas redes sociais mostrando espuma na água e peixes mortos. A investigação envolve uma empresa de curtume localizada na cidade.

De acordo com o gerente de emergências ambientais da SEMAD, Sayro Reis, o órgão foi acionado no domingo, após a denúncia nas redes sociais, e enviou uma equipe técnica na manhã seguinte para vistoria e coleta de amostras de água.

“No local não foi encontrado o lançamento de efluentes em flagrante, pois esses lançamentos já haviam sido interrompidos. Fizemos coletas a montante e a jusante do ponto suspeito e utilizamos uma sonda para análises preliminares”, explicou Sayro, em entrevista à Rádio Difusora de Goiânia.

As amostras foram encaminhadas ao laboratório da SEMAD e devem ter resultados definitivos em cerca de duas semanas. A partir desses dados, será possível confirmar se houve violação dos parâmetros ambientais estabelecidos pelo Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama).

Segundo Sayro, a empresa suspeita está em processo de licenciamento e já havia sido notificada pela prefeitura de Trindade há cerca de dez dias. “Comprovado o lançamento irregular, as medidas cabíveis serão tomadas, que vão desde embargo até aplicação de multa”, reforçou o gerente.

O representante da SEMAD também explicou que o baixo volume de água durante o período de estiagem agrava os impactos de eventuais despejos irregulares, uma vez que o curso hídrico não consegue diluir os poluentes. “Pode ter havido algum problema operacional, e o lançamento foi feito de forma direta, o que ocasionou a espuma e a mortandade de peixes”, completou.

A secretaria informou ainda que, além das sanções administrativas, a empresa responsável deverá arcar com a remediação dos danos ambientais, caso a contaminação seja confirmada. “A multa não é interessante pra ninguém. O poluidor é responsável pela despoluição do curso hídrico e do solo afetado”, destacou Sayro Reis.


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