04 de dezembro de 2025
Meio Ambiente

SEMAD descarta presença de substância cancerígena em córrego de Bela Vista de Goiás

Órgão ambiental confirma multa superior a R$ 1 milhão, mas nega que acrilamida, composta potencialmente cancerígena tenha sido detectada na água
Espuma e peixes mortos chamaram atenção de moradores e motivaram fiscalização da SEMAD. Foto: Divulgação Semad.
Espuma e peixes mortos chamaram atenção de moradores e motivaram fiscalização da SEMAD. Foto: Divulgação Semad.

A Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (SEMAD) esclareceu que não foi identificada presença de substâncias cancerígenas na água de um córrego em Bela Vista de Goiás, diferentemente do que chegou a ser divulgado por outros canais de comunicação.

Em entrevista à Rádio Difusora de Goiânia, o gerente de emergências ambientais da SEMAD, Sayro Reis, afirmou que o órgão realizou vistoria técnica no local e coletou amostras de água, mas que as análises não apontaram acrilamida, substância que havia sido citada em publicações não oficiais.

“Pelas análises feitas pela SEMAD, não foi detectado nenhum tipo de material cancerígeno. Essa informação sobre acrilamida não procede. A vistoria mostrou presença de elementos acima do permitido pelo Conama, mas não cancerígenos”, explicou Sayro.

O gerente informou que a vistoria foi realizada no fim de setembro e que a empresa responsável já foi autuada e multada em mais de R$ 1 milhão. A penalidade pode ser ampliada conforme o resultado final dos estudos laboratoriais. “Todos os elementos encontrados são prejudiciais à saúde humana e à fauna aquática, mas a presença de substâncias cancerígenas não foi comprovada”, reforçou.

Sayro Reis também destacou que a empresa autuada é obrigada, além de pagar a multa, a promover a remediação ambiental da área afetada. “A multa é uma sanção administrativa, mas o poluidor precisa realizar a despoluição do córrego e do solo. A SEMAD acompanha de perto essa recuperação”, afirmou.

O órgão segue monitorando a qualidade da água no município e em outras regiões do estado que enfrentam problemas semelhantes, especialmente durante o período de estiagem, quando os cursos d’água ficam mais vulneráveis à concentração de poluentes.


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