Com a carceragem da Polícia Federal lotada, parte dos presos da Operação Carne Fraca está em um “shelter”, uma espécie de contêiner de concreto, num centro de detenção provisória em Piraquara, na região metropolitana de Curitiba.
São celas modulares, sem janelas, com apenas uma porta para a ventilação. A estrutura foi construída como uma ampliação da Casa de Custódia de Piraquara, há cerca de dez anos.
A superintendência da PF em Curitiba tem capacidade para apenas 18 vagas, e já abriga 11 presos da Operação Lava Jato -incluindo investigados notórios, como o empreiteiro Marcelo Odebrecht e o ex-ministro Antonio Palocci.
Por causa disso, boa parte dos presos provisórios da Carne Fraca (foram 36, no total) tiveram que ser custodiados no sistema penitenciário estadual.
Nos shelters em Piraquara, há atualmente 11 presos da operação. Também há investigados no Complexo Médico Penal, onde também estão alguns dos detidos pela Lava Jato, e na Casa de Custódia de São José dos Pinhais. Parte deles está em celas especiais, para presos com curso superior.
Apesar da condição “precária” do shelter, segundo a Comissão de Direitos Humanos da OAB, não foram identificadas reclamações quanto à estrutura e ao tratamento dos presos.
“Eles estão na situação padrão dos presos, sendo bem tratados”, diz o advogado Mário Lúcio Monteiro Filho, da OAB.
O Depen (Departamento Penitenciário do Paraná) informou em nota que o local é “destinado e adequado à custódia de presos”.
“Na medida em que forem abrindo novas vagas, [os investigados da Operação Carne Fraca] devem ser encaminhados para outra unidade também para presos provisórios”, diz a nota. (Folhapress)
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