23 de dezembro de 2024
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Sem todos os entes envolvidos, ‘transporte público não funciona’, avalia presidente da CMTC sobre reformulação do sistema

Enviada à Assembleia Legislativa do Estado de Goiás nesta quarta-feira (01/12), a proposta de reformulação do sistema do transporte coletivo da região metropolitana de Goiânia teve ampla participação dos técnicos da Prefeitura em conjunto com o Governo do Estado. De acordo com o presidente da Companhia Metropolitana de Transportes Coletivos (CMTC), Tarcísio Abreu, se não houver esse envolvimento de todos os atores públicos, dificilmente uma solução será encontrada. O

“Esse trabalho foi construído em conjunto com a Prefeitura de Goiânia. Hoje o transporte público não funciona se não tivermos todos os entes envolvidos. Todos têm de estar envolvidos. A prefeitura desenvolveu um papel importante porque hoje 70% da movimentação do transporte público está em Goiânia e essa é uma solicitação do prefeito: ter em Goiânia um transporte eficiente e de qualidade que atende as necessidades”, explicou Abreu em entrevista coletiva na apresentação da pesquisa para a construção do Plano de Mobilidade da capital.

O que diz o projeto da reformulação do sistema de transporte coletivo?

O texto prevê a estruturação com as seguintes participações no transporte coletivo: estado de Goiás, 41,2%; município de Goiânia também com 41,2% Aparecida de Goiânia, 9,4%; e Senador Canedo, 8,2%. E, ainda, na medida em que outros municípios distintos dos mencionados vierem a ter sistemas próprios que não se limitem à ligação intermunicipal entre seu perímetro urbano e a cidade de Goiânia, as participações determinadas deverão ser revistas.

Uma das principais mudanças que o texto propõe é a alteração da política tarifária do transporte coletivo na Região que agora, passaria a ser flexível e estabeleceria diferentes produtos para atrair e dinamizar a demanda dos passageiros. 

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“Na medida em que for necessário, para garantir a qualidade e a atualidade dos serviços prestados, o regulamento desta Lei poderá prever a instituição de uma tarifa de remuneração, fixada contratualmente de acordo com a proposta econômica apresentada em certame licitatório, que reflita os custos efetivos dos serviços prestados conforme parâmetros objetivos, e uma tarifa pública de passageiro, cobrada diretamente dos usuários dos serviços e fixada de acordo com as políticas públicas estabelecidas nos termos desta Lei Complementar”, diz o trecho do texto.

Plano de Mobilidade pode render melhorias no transporte coletivo

Na esteira da apresentação da pesquisa que irá construir o novo Plano de Mobilidade, Tarcísio Abreu também ponderou que a reformulação anda de mãos-dadas com o estudo que deve ser apresentado em abril de 2021. “ Quando se faz a pesquisa e os levantamentos ele permite que a gente crie uma rede casada com a necessidade e demanda com a população”, pontuou.

O estudo pode ser importante, no sentido de ajudar os técnicos da CMTC a entenderem o novo comportamento adotado pelas pessoas no período pós-pandemia, dinamizando a destinação de recursos para o transporte coletivo. “A pesquisa traz o resultado de como a pessoa se move e a necessidade dela. Tudo isso direciona a utilização dos nossos recursos. Uma linha que pode ser alterada ou modificada. Primeiro ponto: se vê hoje a quantidade de informação que o transporte coletivo já fornece hoje. A pesquisa vai melhorar a utilização dos nossos recursos. A pandemia e o pós-pandemia mudou muito os hábitos das pessoas e precisamos atualizar essas informações para criar uma rede de sistema de transporte que atenda essa necessidade”


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