O Hospital Municipal da Mulher e Maternidade Célia Câmara (HMMCC), em Goiânia, está sem cobertura de anestesiologia e precisou restringir os atendimentos a casos de urgência e emergência. A interrupção do serviço, causada pela inadimplência nos pagamentos ao prestador responsável, foi confirmada em comunicado oficial divulgado pela Fundação de Apoio ao Hospital das Clínicas da UFG (Fundahc), gestora da unidade.
Segundo a Fundahc, as pacientes que procurarem o hospital passarão por triagem e classificação de risco. Apenas os casos classificados como fichas vermelha, laranja ou amarela serão atendidos no local. As demais gestantes ou pacientes serão encaminhadas, via Regulação Municipal, para outras unidades de saúde da capital.
A falta de anestesiologistas afeta diretamente a realização de partos cesáreos, cirurgias e procedimentos eletivos, o que preocupa famílias e sobrecarrega outros pontos da rede pública. A paralisação agrava o cenário da saúde municipal, que ainda lida com os impactos de uma dívida acumulada com anestesistas desde 2021, herdada da gestão anterior.
O presidente da Cooperativa dos Anestesiologistas de Goiás (CRAEGO), Pedro Maciel Carneiro, confirmou que a dívida começou a ser negociada com a nova gestão e será paga em 20 parcelas. O prefeito Sandro Mabel garantiu, na última segunda-feira (30), que os pagamentos serão iniciados ainda esta semana. “Foi feito um pacto para tornar o pagamento viável à Prefeitura, e agora começa a quitação desse débito histórico”, afirmou Carneiro.
Na terça-feira (1), uma reunião entre o prefeito Sandro Mabel, o secretário municipal de Saúde, Luiz Pellizzer, a reitora da UFG, Angelita Pereira, e a diretora-executiva da Fundahc, Lucilene de Sousa, buscou encaminhar soluções para o problema. A expectativa é de que novas negociações com os fornecedores da fundação evitem impactos em outros serviços assistenciais.
Em nota, a Fundahc reiterou seu compromisso com a segurança de pacientes e profissionais, e informou que mantém diálogo com a Prefeitura, fornecedores e prestadores de serviço para restabelecer o atendimento integral na unidade o mais rápido possível.
Leia mais sobre: anestesiologia / Goiânia / Maternidade Célia Câmara / Prefeitura de Goiânia / Cidades / Notícias do Estado
