21 de dezembro de 2024
Cidades

Sem reajuste, servidores da Segurança não entram em greve e dão prazo ao governo

Servidores de diferentes áreas da Segurança Pública decidiram em assembleia realizada nesta terça-feira (24), que não vão entrar em greve, pelo menos por enquanto. As categorias reclamam do não pagamento de parcela na ordem de 12,5% previstas para algumas áreas neste mês de novembro e para outras em dezembro. O Estado informou que não há condições financeiras para pagar. Eles aguardam que o governo apresente alguma proposta. Um projeto chegou a Assembleia Legislativa numa tentativa de barrar a greve.

Deliberação

Os servidores decidiram em Assembleia que pelo menos por enquanto não terá greve. O fórum composto por 14 entidades da Segurança Pública continuará tentando uma negociação com o governo.

Os representantes das categorias vão marcar uma reunião em que será avaliada a possibilidade de um dia geral de paralisação.

A Secretaria da Fazenda já se manifestou que o Estado não tem condições de efetuar o pagamento. A proposta é que a parcela deste ano seja paga em 2018. Na última segunda-feira, representantes das categorias da Segurança Pública, estiveram reunidos com o governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB).

O chefe do Executivo ressaltou as dificuldades financeiras enfrentadas pela administração e que o acordo com a categoria estava condicionado ao aumento da receita corrente líquida. Nesta terça, chegou a Assembleia Legislativa de Goiás, um projeto de lei que concede o pagamento das parcelas dos próximos anos, desvinculando do crescimento da arrecadação.

“Esse projeto chegou hoje a Casa e será debatido aqui na Assembleia Legislativa. Talvez nem precisava passar por aqui, mas foi feito um entendimento e após intensa análise jurídica”, destaca o líder do governo, José Vitti (PSDB).

Paralisação

As categorias poderão fazer uma paralisação geral por um dia. É uma espécie de alerta ao governo de Goiás. Os servidores avaliam que uma greve geral por tempo indeterminado poderia trazer inúmeros prejuízos para os funcionários e também para a população.

“A sociedade é que vai perder com essa greve. Nós também fazemos parte da sociedade. Nós temos mulheres, maridos, filhos, mães, pais que estão aí como qualquer cidadão comum, a mercê da bandidagem. Sabemos que a paralisação pode gerar um caos na sociedade goiana”, avalia o presidente do Sindicato dos Policiais Civis de Goiás (Sinpol) Paulo Sérgio Alves.

Já o presidente do Sindicato dos Servidores do Sistema de Execução Penal de Goiás, Daniel Alves de Lima, entende que em situações normais o atendimento a população já é ruim, por conta da falta das devidas condições de trabalho e pode se agravar com uma possível greve.

O fórum das entidades é composto pelas seguintes entidades: Sinpol, Associação dos Subtenentes e Sargentos do Estado de Goiás (Assego), Associação dos Cabos e Soldados da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros Militar (ACS), Associação dos Oficiais da Polícia e Bombeiros Militar de Goiás (Assof), Associação das Pensionistas da PM/BM de Goiás (APPB), Associação dos Peritos Criminais e Médicos Legistas (Aspec), Associação dos Militares Inativos de Goiás (Amigo), União Goiana dos Policiais Civis (Ugopoci), Sindicato dos Delegados de Polícia do Estado de Goiás (Sindepol), Sindicato dos Servidores do Sistema de Execução Penal do Estado de Goiás (Sinsepgo), Associação dos Servidores do Sistema Prisional de Goiás (Aspego), Associação dos Delegados de Polícia do Estado de Goiás (Adpego), Sindicato dos Peritos Criminais e Médicos Legistas de Goiás (Sindperícias) e Associação dos Papiloscopistas Policiais do Estado de Goiás (Appego).


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