A senadora Lúcia Vânia (PSB) presidiu, nesta terça-feira (20) a abertura da 11ª Semana de Valorização da Primeira Infância e Cultura da Paz, que, nesta edição, teve como tema a Construção da Paz pela Primeira Infância: parentalidade, proteção e promoção da criança.
O evento é organizado pela Comissão Semana de Valorização da Primeira Infância e Cultura da Paz do Senado e conta com a participação de especialistas brasileiros e estrangeiros, como o neurologista e psiquiatra Boris Cyrulnik, da França; a psicóloga Jaqueline Wendland, membro do grupo internacional de experts em Saúde e Desenvolvimento da Mãe, em Paris; e Joshua Sparrow, psiquiatra norte-americano, que atua na Força-tarefa contra a Pobreza Infantil, da Associação Americana de Pediatria.
Lúcia Vânia, que preside a Comissão de Educação no Senado, participa do evento desde sua primeira edição, em 2008, e na abertura lembrou a aquela edição: “ofereci, então, o que chamávamos de visão legislativa sobre a primeira infância, logo após a conferência do professor João Carlos Gomes-Pedro, de Portugal, sobre a prevenção da violência e a intervenção na família centrada no bebê”.
A senadora reconheceu o trabalho, o esforço e a competência da Comissão de Valorização da Primeira Infância e Cultura da Paz, presidida por Lisle Heusi de Lucena, e agradeceu aos organizadores da exposição Infância e Paz. “Obrigada pelo convite; obrigada pela oportunidade, renovada todos os anos; obrigada por todo o empenho na realização deste evento. Sem vocês, esses dez anos não teriam sido dez anos, não estaríamos aqui a participar da décima-primeira edição da Semana de Valorização da Primeira Infância e Cultura da Paz. ”
Ela destacou o conhecimento construído nessa década e lançou um desafio: “transformar todo esse conhecimento em estímulo a novas maneiras de pensar a primeira infância em toda sua imensa diversidade temática”. O que significa, segundo Lúcia Vânia, pensar a promoção da saúde, e a prevenção de doenças e incapacidades; pensar a educação, e o desenvolvimento de habilidades psicossociais; pensar o combate aos maus-tratos e à exploração infantil. Pensar, em uma palavra, o cuidado integral com a criança.
Um desafio que não é apenas científico, afirmou a senadora, mas também política. “Cabe-nos conhecer a primeira infância, mas cumpre, também, a todos os que estamos aqui, informar e convencer a sociedade brasileira e os agentes políticos de que, sem as bases para uma infância saudável, sem investimento na formação de uma nova geração, jamais atingiremos a cidadania responsável e a prosperidade com que tanto sonhamos, e continuaremos a ser menos do que podemos ser.” E concluiu: “não nos esqueçamos de que a política, sem a ciência, será cega; e a ciência, sem a política, será inócua”.
Leia mais sobre: Notícias do Estado