Com 8 anos de história, o Cabarét das Divas, um espetáculo que acontece todos os meses em teatros de Goiânia, corre risco de acabar de vez. Isso por que a atração está sem financiamentos do Poder Público ou da iniciativa privada, além de também não ter sido contemplados com nenhuma lei de incentivo à Cultura. Quem explica é um dos artistas da ação, que também é performer, Victor Baliane, de 29 anos.
Victor explicou que todo o trabalho realizado pelo Cabarét vem do esforço de voluntários e de cerca de 40 pessoas envolvidas, sendo artistas, técnicos, cenografia, maquiadores, bailarinos, mesmo assim é preciso de verbas para que as atrações continuem. “Já nos inscrevemos em leis municipais, estaduais e na Aldir Blanc, mas não fomos contemplados”, disse, reforçando a importância das atrações.
“Graças ao espetáculo Cabarét Das Divas podemos manter viva a cultura LGBTQIA+ de nossa cidade. Levando conhecimento, alegria e muito brilho para a população que por diversas vezes não tem contato com produções deste seguimento, e além disso acaba sendo um motivador de artistas LGBTQIA+ de Goiânia e região a se profissionalizarem nas artes, seja atuando, dançando, cantando, produzindo”, contou o artista.
“Este espetáculo é uma ferramenta social e política transformadora e de muita importância, pois leva entretenimento unido a relevância social de artistas que por anos são marginalizados pela sociedade”, completou.
Um dos produtores culturais e idealizador do Cabarét, Deivid Delux, de 40 anos ainda contou que, nestes 8 anos, já foram mais de 80 edições realizadas, sendo uma em cada mês. “No quadro de entrevistas do espetáculo já foram mais de 80 personalidades entrevistadas, mais de 160 artistas passaram pelo nosso palco e foram 1800 números inéditos apresentados por eles, com muito esforço pessoal, alcançando um público total que ultrapassou 50 mil pessoas”.
Deivid e Victor disseram, ainda, que o Cabarét também tem uma preocupação social, já que o nome escolhido “DIVAS”, apesar de lembrar ‘glamour’, significa Diversidade e Ação Social. “Foram mais de 30 mil cestas básicas doadas e centenas de oportunidades geradas para diversas pessoas dentre os mais vulneráveis no grupo LGBTQIA+, além de que a entrada das atrações é sempre gratuita”.
Por isso, para ajudar, a doação pode ser feita para a “vaquinha” de arrecadação neste link ou por PIX, de chave (e-mail), [email protected]
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