O vice-governador Daniel Vilela (MDB) embarca na próxima quinta-feira (08/06) para a China, na primeira missão internacional do Governo de Goiás em 2023. A comitiva busca estabelecer novas relações comerciais com o país asiático, assim como expandir as exportações goianas com um dos maiores mercados consumidores do mundo.
Daniel vai sem sinais que irá se encontrar com o prefeito de Goiânia, Rogério Cruz (Republicanos) que buscava uma reunião para tratar sobre assuntos relacionados a eleição em 2024. Se o republicano deseja ter garantias que o MDB irá apoiá-lo, Daniel Vilela parece pouco interessado e fala em candidatura própria ao Paço Municipal.
No meio do caminho, fica a bancada de vereadores do MDB na Câmara de Goiânia que se interessam em indicar um nome no primeiro escalão do Paço Municipal, o que não deve ocorrer até que uma reunião entre Cruz e Daniel ocorra. Se é que haverá o encontro.
Missão para a China
Além de representantes do Governo do Estado, a comitiva é composta por pequenos, médios e grandes empresários goianos, incluindo produtores, comerciantes e representantes do setor produtivo. A missão, que terá duração de 14 dias, dará aos empresários e representantes da gestão estadual a oportunidade de discutir diretamente com o setor privado as demandas de importação e exportação entre os dois países.
De acordo com Daniel Vilela, a visita à China vai fortalecer as relações já existentes e estabelecer novas conexões com investidores do país asiático. “A missão é composta por pessoas que estão interessadas em vender seus produtos e em encontrar novos fornecedores, mas nós, do Governo do Estado, temos o objetivo de mostrar como Goiás é solo fértil para investimentos, não só no setor de agronegócio, como também para indústrias, tecnologia e inovação”, aponta.
O roteiro de visitas inclui empresas, parques tecnológicos e indústrias. O vice-governador tem o intuito de propor cooperação nas áreas de alimentos, agricultura, farmacoquímico, automação, mobilidade, maquinários, equipamentos agrícolas, saúde e tecnologia. “Goiás tem sinergia de negócios junto à China. Nosso estado cresce acima da média nacional, somos também referência na agropecuária brasileira. É em razão disso que queremos intensificar e estabelecer uma relação mais próxima com a China”, enfatiza.
Ampliando as relações
No ano passado, a China importou mais de US$ 89,7 bilhões em produtos brasileiros e exportou quase US$ 60,7 bilhões para o mercado nacional, o que a torna o maior parceiro comercial do Brasil. O produto brasileiro mais vendido foi a soja, com 36% do total exportado, seguido pelo minério de ferro, com 20%, e o petróleo, com 18%.
As relações comerciais entre Goiás e China seguem a tendência nacional. Em 2022, os chineses foram responsáveis por 46,3% de todas as negociações de exportações feitas por Goiás. Segundo levantamento do Centro Empresarial Brasil-China (CEBC), Goiás tem potencial para aumentar em cerca de 50% as exportações para a China nos próximos de 10 anos.
Daniel Vilela salienta que o governo estadual atuou nos últimos anos para fortalecer o setor produtivo e que o momento é de buscar ampliar as relações, já que a China está de olho no estado. “Temos que lembrar que Goiás está entre os 5 estados brasileiros que mais receberam investimentos de empresas chinesas. Essa é a demonstração de que enxergam nossas potencialidades. Vamos em busca de estabelecer os canais mais efetivos para que essa relação se amplie e se transforme em mais emprego, renda e desenvolvimento para os goianos. Esse é nosso foco prioritário”, afirma.
Preparação para os acordos
Daniel Vilela explicou que a comitiva encabeçada por ele terá a tarefa de preparar a ida de uma missão comandada pelo governador Ronaldo Caiado, no segundo semestre deste ano. “Vamos conhecer e entender o que é mais viável para estabelecer relações com nosso estado. A partir disso, vamos encaminhar e adiantar as propostas para que o governador, em um segundo momento, venha para consolidar as tratativas que resultarem em investimentos e que atendam as demandas dos empresários goianos” destaca o vice-governador.
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