12 de setembro de 2024
Saúde • atualizado em 14/09/2023 às 18:31

Maternidades de Goiânia seguem em risco de não funcionamento na próxima segunda-feira (18)

Sem repasse de verba será necessário parar procedimentos eletivos como consultas, cirurgias de mama, laqueadura e períneo, colocação de DIU e exames
As maternidades são o Hospital Maternidade Dona Iris, o Hospital Maternidade Municipal Célia Câmara e a Maternidade Nascer Cidadão (Fundahc)
As maternidades são o Hospital Maternidade Dona Iris, o Hospital Maternidade Municipal Célia Câmara e a Maternidade Nascer Cidadão (Fundahc)

Após 24h do seu último pronunciamento, a Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia (SMS) mantém a palavra sobre repasse de verba para a Fundação de Apoio Hospital das Clínicas (Fundahc). A pasta alega que o repasse de R$ 5 milhões foi efetuado na última quarta-feira (13/9). Até o presente momento, maternidades públicas em Goiânia seguem em risco de não funcionamento a partir da próxima segunda-feira (18).

Em contrapartida, a Diretora Executiva da Fundahc/UFG, Lucilene Maria de Souza alega em entrevista ao Diário de Goiás que até o fim desta quinta-feira (14/9) não houve nenhum planejamento de repasse por parte da Prefeitura, mesmo após a proposta de criação, em reunião no dia 27/07, de uma comissão para identificar os valores das contas a pagar em aberto e renegociar os convênios hoje vigentes para gestão das maternidades.

Lucilene reforça que a partir de segunda-feira, se não houver repasse, conforme colocado, dos meses em atraso, será necessário parar procedimentos eletivos como consultas, cirurgias de mama, laqueadura e períneo, colocação de DIU e exames. Isso não só pelo risco de falta de insumos, mas também pelo não pagamento dos prestadores de serviço da pediatria, da ginecologia e obstetrícia, da anestesia, e de fornecedores de alimentos, higienização e limpeza, por exemplo. 

Entenda o caso

A Fundahc informa que há valores em aberto de 2021 e 2022 negociados anteriormente e com pagamento não cumprido integralmente por parte da prefeitura para a manutenção e pagamento dos funcionários. “Em 2023, não houve o repasse previsto em convênio para os serviços prestados em julho e agosto, que somam R$ 40.590.443,80. Referente à competência de maio, que deveria ser paga em junho, ainda falta receber R$ 2.722,458,45. Assim, o valor total em aberto só para este ano é de R$43.312.902,20”, conta a Diretora Executiva da Fundahc.

“É como sempre digo, a saúde é sistêmica. Gerir uma unidade hospitalar exige conhecimento técnico, funcional, social, humano. Portanto, uma unidade de saúde só funciona com qualidade e eficiência quando todos os agentes envolvidos entregam devidamente seus produtos e serviços”, finaliza Lucilene. A esperança é de que seja feito novos repasses nos próximos dias.


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