Líderes republicanos na Câmara dos Deputados dos EUA afirmaram nesta terça-feira (28) que ainda pretendem revogar e substituir o Obamacare, depois que o projeto de lei do partido foi retirado de votação na semana passada por fracassar em obter votos suficientes para ser aprovado.
O presidente da Câmara, Paul Ryan, disse à imprensa que não daria um cronograma sobre a nova tentativa de aprovar uma legislação de saúde “porque nós queremos fazer isso direito”.
“O fato de que nossa conferência está mais decidida do que nunca a revogar esta lei é muito encorajador e não vamos parar até conseguir fazer isso”, disse o líder da maioria na Câmara, Kevin McCarthy, após uma reunião fechada com lideranças do partido.
A retirada de votação do projeto foi o maior fracasso do presidente Donald Trump neste início de mandato.
Os republicanos têm 237 assentos na Câmara e eram necessários 216 votos para a aprovação -o que mostra que mais de 30 membros do partido não estavam dispostos a votar no texto.
Entre as principais mudanças que a chamada Lei de Saúde Americana propunha, estava o fim da obrigatoriedade para que americanos acima da linha da pobreza tenham um plano básico e para que empresas com mais de 50 empregados arquem com planos de 95% dos funcionários, e o fim dos fundos federais para que Estados ampliem o atendimento pelo Medicaid.
Uma análise feita pelo CBO (Congressional Budget Office), agência não partidária ligada ao Congresso, tinha apontado que 24 milhões de pessoas perderiam a cobertura de saúde nos próximos dez anos com a substituição proposta pelos republicanos. (Folhapress)
Leia mais:
- Sem apoio, republicanos desistem de votar Trumpcare na Câmara
- Ante provável derrota, republicanos adiam votação do Trumpcare
- Trump ameaça aliados que votarem contra lei que substitui Obamacare
Leia mais sobre: Mundo