05 de dezembro de 2025
ATO BOLSONARISTA

Sem Bolsonaro nem governadores, Malafaia comanda ato por anistia na Paulista junto com PL

Manifestação reuniu parlamentares do Partido Liberal e contou com ataques ao STF; Bolsonaro participou por videochamada
Deputado de Minas Nikolas Ferreira foi até a Paulista - Foto: reprodução de vídeo
Deputado de Minas Nikolas Ferreira foi até a Paulista - Foto: reprodução de vídeo

O pastor Silas Malafaia contou apenas com o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB) e deputados do Partido Liberal para comandar o ato bolsonarista Reaja Brasil pedindo anistia ampla aos presos e condenados pelos atos golpistas de 8 de Janeiro de 2023, realizado neste domingo na Avenida Paulista. A presença de governadores, como em manifestações anteriores, não aconteceu.

Falando em parar o país “pacificamente”, Malafaia chamou o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes de “ditador de toga” e disse que o STF censura as redes sociais. Milhares de pessoas participaram do ato, mas uma estimativa não foi divulgada. No ato em Goiânia, o senador Wilder Morais também ameaçou o ministro.

Malafaia contou com Nunes, o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, e Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), líder do partido na Câmara dos Deputados, além de deputados como Nikolas Ferreira (PL-MG) que atualmente tenta reduzir arestas com a família Bolsonaro. Além deles, foram também Marco Feliciano, Rosana Valle, Paulo Bilynskyj, Paulo Mansur, Lucas Bove, Zoe Martínez e Lucas Pavanato.

Magoados com números anteriores que apontavam redução de manifestantes os líderes do ato estavam contentes com a multidão. “Vão falar que flopou. Flopou aonde?”, disse Marco Feliciano. “Uma tal da USP não sabe contar os brasileiros”, reforçou Sóstenes Cavalcante, se referindo ao levantamento do Monitor do Debate Político do Cebrap e da ONG More in Common sobre a última mobilização, em junho, que apontou pouco mais de 12 mil pessoas no ato.

Neste domingo, pesquisa Datafolha revelou que a possibilidade de uma anistia ser concedida por um presidente eleito em 2026 é rejeitada por mais de 60% dos brasileiros, o que pode explicar um maior “cuidado” de governadores em relação aos atos que evocam perdão aos que participaram da tentativa de golpe.

Leia também: 61% dos brasileiros rejeitam candidatos que defendem anistia a Bolsonaro, revela Datafolha

Bolsonaro participou à distância

Além dos governadores, a principal ausência foi a do próprio ex-presidente Jair Bolsonaro, que cumpre medidas cautelares impostas pelo ministro Alexandre de Moraes do STF. Ele está obrigado a usar tornozeleira eletrônica e permanecer em regime domiciliar à noite. Além disso, também não pode sair aos finais de semana e, por isso, não estará em nenhuma manifestação deste domingo, mas participou por videochamada de algumas delas.

No Rio de Janeiro, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) representou o pai durante ato em Copacabana. O vereador carioca Carlos Bolsonaro (PL) esteve em cidades de Santa Catarina. Antes de ir para São Paulo, Nikolas Ferreira participou de manifestação em Belo Horizonte. Durante o ato, o parlamentar ligou para Bolsonaro. Posteriormente.

Entre os pedidos dos manifestantes está aprovação no Congresso Nacional da proposta da anistia. Apresentado em 2022 pelo ex-deputado federal (hoje vereador em Goiânia) Major Vitor Hugo (PL), o projeto 2858 tinha como objetivo conceder anistia a partir de 30 de outubro daquele ano aos que participaram de bloqueios em rodovias e demais atos contrários ao resultado das eleições, incluindo publicações em redes sociais.


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