17 de dezembro de 2024
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Selo de argila com 2.700 anos é descoberto em Jerusalém

Foto: Gali Tibbon/AFP
Foto: Gali Tibbon/AFP

Um selo de argila de 2.700 anos da Antiguidade descoberto em Jerusalém foi apresentado nesta segunda-feira (1º) como uma primeira prova material da existência de um governador nessa cidade, segundo a autoridade de antiguidades de Israel.

O artigo, que é redondo e do tamanho de um botão, foi encontrado em um edifício na esplanada do Muro das Lamentações, na Cidade Velha de Jerusalém.

O selo data do século 6 ou século 7 a.C. e demonstra a existência de um dirigente em Jerusalém, acrescentou a autoridade. Este período corresponde ao do primeiro templo judeu na Cidade Santa.

No objeto figuram dois homens trajados com vestidos, um de frente para o outro, e de mãos dadas, com o que parece ser uma lua entre as duas mãos.

Abaixo desta representação, há uma inscrição em hebraico antigo que indica: “Ao governador da cidade”, o que corresponde às funções do prefeito.

O selo parece ter sido colado a uma espécie de envio e servia “de logo ou de pequeno souvenir, enviado ao governador da cidade”, afirmou Shlomit Weksler Bdolah, que participa nas escavações da autoridade de antiguidades no Muro das Lamentações.

“É uma descoberta muito pouco comum”, afirmou. Segundo ela, este selo confirma a menção feita pela “Bíblia” de um dirigente de Jerusalém.

“A importância dessa descoberta reside no fato de que até agora só conhecíamos a expressão de ‘governador da cidade’ pela ‘Bíblia'”, explica. “É a primeira vez que encontramos esta menção em um contexto arqueológico”.

O selo não menciona o nome do dirigente de Jerusalém, mas Shlomit acredita que faz referência à Cidade Velha, já que foi encontrado no mesmo edifício onde outros objetos foram descobertos.

Ela afirma que os exames científicos que serão feitos no selo deverão confirmar o vínculo com Jerusalém.

A lua que aparece no selo poderia ilustrar a existência de influências externas. “O que é interessante é que a lua é conhecida como um objeto de culto de culturas vizinhas”, afirma Shlomit.


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