A presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Goiás, Professora Bia de Lima, afirmou que o processo seletivo simplificado divulgado ontem (18), pela Secretaria de Gestão e Planejamento (Segplan), para a contratação de 1805 professores na rede estadual de educação é um absurdo.
Bia de Lima ressaltou que o governo deve realizar concurso público além de respeitar os salarários dos profissionais. Atualmente, o piso salarial de professor é R$ 1.917,00, no entanto, o processo seletivo simplificado, para uma carga horário de 20 horas o salário será de R$ 654,22, para 30 horas será R$ 981,33 e de R$ 1.308,44 para carga horária de 40 horas semanais. “É um absurdo os profissionais receberem menos que o salário mínimo. Ganhar menos que o piso é uma afronta. É por isso que a escola pública vem capengando“.
Segundo a presidente do Sintego, o processo seletivo deveria ao menos regularizar os contrátos temporários do Estado. De acordo com Bia de Lima, a Secretaria da Fazenda mascara os recursos destinados para a Educação, e aplicar da forma que melhor convém. Conforme a professora, tais recursos deveriam ser encaminhados diretamente para a pasta da Educação.
Bia de Lima ainda criticou a instalação das Organizações Sociais (OS’s) na educação. “Precisamos de qualidade na educação pública e não terceirizar o serviço por meio das OS’s. Isso é mais um mecanismo para fragilizar o profissional“, declarou a professora.
A secretária de Educação, Cultura e Esporte, Raquel Teixeira, em sua conta no Twitter afirmou que o salário oferecido pelo processo seletivo não é justo e nem respeitoso, mas segundo ela, apesar de desaprovar os salários, a Assembleia Legislativa de Goiás aprovou uma lei com essa tabela em 2011. A presidente do Sintego, por sua vez, reafirmou que a lei está defasada e fere a lei do piso.
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