SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A Prefeitura de São Paulo informou, na noite deste domingo (12), que seis pichadores foram detidos neste fim de semana na capital paulista pela Polícia Militar e pela Guarda Civil Metropolitana.
Desde o começo do ano, 70 pessoas foram levadas a delegacias por pichações, segundo a gestão João Doria (PSDB).
A prefeitura registrou cinco ocorrências deste sexta, na Barra Funda, Casa Verde, Belenzinho e Centro, envolvendo três mulheres e três homens. Todos foram encaminhados a delegacias e liberados após assinarem termos circunstanciados. O prefeito João Doria elegeu a pichação como inimiga da cidade. Ele tem atacado pichadores, repetindo que todos eles são “bandidos”.
Um projeto de lei em trâmite na Câmara Municipal endurece a punição para quem pichar muros da cidade. O texto final ainda passará por mudanças e deve prever multa de R$ 5.000 para quem for pego pichando -no caso de reincidência, a autuação chegará a R$ 10 mil. Também está previsto que os responsáveis pelos atos terão de pagar pelos reparos à pichação.
Pesquisa Datafolha publicada neste domingo (12) mostra que, para 61% dos moradores de São Paulo o aumento da punição não vai acabar com a pichação -35% acreditam que sim.
A pesquisa também mostra 85% dos paulistanos são favoráveis a grafites em muros e fachadas e 97%, contrários às pichações.
Em meio à essa cruzada, a maior parte também reprovou a ordem de Doria para pintar de cinza muros da av. 23 de maio cobertos por grafites de artistas renomados. Para 61% dos entrevistados, o prefeito agiu mal ao apagar as obras de grafite na avenida -31% disseram que ele fez bem. Depois de críticas de artistas, o tucano afirmou que a prefeitura vai criar áreas restritas para que grafites sejam pintados com autorização do poder público ou de proprietários de imóveis.
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