12 de agosto de 2024
Cidades • atualizado em 13/02/2020 às 01:06

Seguro desemprego: R$ 12 milhões em fraudes em Goiás

Superintendente do Ministério do Trabalho em Goiás, Degmar Pereira
Superintendente do Ministério do Trabalho em Goiás, Degmar Pereira

Uma quadrilha suspeita de fraudar e desviar dinheiro de seguro desemprego em Goiás, foi presa nesta quarta-feira (19) pela Polícia Federal a pedido do Ministério do Trabalho. De acordo com a Polícia Federal, o prejuízo calculado pela quadrilha chegou a R$ 3 milhões. No total em todo Estado mais R$ 12 milhões foram fraudados, no mês de dezembro ao mês de abril.

O suprintendente do Ministério do Trabalho, Degmar Pereira conta quais foram os prejuizo deixados pela quadrilha. “Até hoje pessoas que sacaram esse valor indevidamente foram mais de R$ 3 milhões em Goías. Pessoas que deixaram de receber porque nós constatamos antes do recebimento, mais de R$ 12 milhões. 

Até o momento a PF cumpriu 18 mandados de busca e apreensão em Goiás, Minas Gerais, Pará e Mato Grosso. Os criminosos fraudavam informações, desviava o envio do Cartão Cidadão e usavam o documento dos reais beneficiários, com a intenção de retirar o dinheiro das parcelas do seguro em agências lotérica.

Os cartões eram clonados ou emitidos de forma duplicada, esses cartões chegavam a residência de pessoas que faziam parte da quadrilha, depois desse processo era sacado o seguro. Além disso, foi constato a clonagem de documentos pessoais das vítimas, que tinham o direito do seguro desemprego.

De acordo com o superintendente no estado de Goiás foi levantado 50 fraudes por mês. “50 pessoas nos procuram por mês com esse problema, mas desde a criação do sistema antifraude, de dezembro até abril foram mais de dois mil segurados que não tinham direito e que nós contatamos essas irregularidade e já bloqueamos o seguro na fonte”, esclarece.

As suspeitas eram que servidores do Ministério do Trabalho vendiam senhas de acesso e forneciam dados dos benefícios para a quadrilha. Uma nota do Ministério do Trabalho esclarece que os servidores não estavam envolvidos com as fraudes, no entanto, funcionários terceirizados do Sistema Nacional de Emprego (Sine) contribuíram para a ação.

O superintendente diz que até a primeira fase da operação nenhum funcionário do Ministério do Trabalho foi preso, no entanto, as investigações ainda estão em desdobramento. “Não são só servidores do Ministério do Trabalho que tem acesso a esses sistemas, servidores da Caixa e do Sine conveniado também tem acesso a esse sistema. As investigações continuarão, mas temos a convicção de que houveram informações internas e vamos investigar de onde saíram” conta Degmar.

Segundo a nota, o sistema já bloqueou mais de R$ 123 milhões em benefícios fraudados por grupos criminosos que agiam em todo o país.

Vítimas

Degmar diz que quem foi vítima da fraude deve procurar o Ministério do Trabalho para que seja registrado a negativa do recebimento do benefício.

“Geralmente paga em 6 meses, se não receber dentro desse prazo, pode ocorrer algum problema no processo administrativo. Caso isso aconteça é preciso que nos procure novamente para ver se esse processo está em análise”, esclarece. 

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