16 de dezembro de 2024
Cidades

Secretário visa criação de grupo de trabalho para evitar novos casos de corrupção nos Bombeiros

Secretário de Segurança Pública de Goiás, Rodney Miranda - Foto: Cristiano Araújo/ SSP-GO
Secretário de Segurança Pública de Goiás, Rodney Miranda - Foto: Cristiano Araújo/ SSP-GO

O secretário de Segurança Pública de Goiás, Rodney Miranda pediu por meio de ofício ao Ministério Público de Goiás, detalhes da operação que investiga possível participação de bombeiros militares em um supostos esquema de fraudes na concessão de certificados de segurança. O secretário pretende formar um grupo de trabalho para evitar novos casos de corrução no Corpo de Bombeiros.

A intenção é de tomar ações do ponto de vista disciplinar e também administrativa. O governo pretende evitar que novos casos de corrupção apareçam. Para isso quer punir os que porventura forem culpados. Rodney Miranda disse que os inocentes retornarão as funções.

 “Eu encaminhei ofício ao Ministério Público para que me repasse o conteúdo integral da investigação. Nós ainda não temos o conteúdo oficial do que tem na investigação. Nos pediram o apoio, nós demos o apoio para o cumprimento de mandatos, a investigação vou tentar hoje e chegando a informação eu vou montar um grupo de trabalho comandando pelo secretário adjunto para que apurem no prazo breve o conteúdo para que a gente possa tomar diante de indícios, provas, as atitudes tanto administrativas, quanto disciplinares cabíveis”, declarou o secretário.

Rodney Miranda confirmou que o comandante geral da corporação, coronel Dewislon Adelino Mateus, pediu o afastamento dele até que os fatos sejam devidamente apurados. O afastamento foi após a citação do nome dele nos fatos.

 Já foram exonerados das funções em comissão e afastados temporariamente dos Bombeiros: (o coronel Anderson Cirino; o tenente coronel Hélio Loyola Gonzaga Júnior; o major Nériton Pimenta Rocha; o capitão Sayro Geane Oliveira dos Reis; e o subtenente José Rodrigues Sobrinho).

“Foram todos afastados. Os cinco que sofreram ações cautelares, eles foram afastados e foram exonerados dos cargos que hoje ocupam, subcomando, chefia de gabinete e outros. O comandante que foi citado somente ontem na investigação e citado depois de um vazamento que eu não sei de onde veio. Ele pediu um afastamento da função até a gente esclarecer essa situação”, afirmou Rodney Miranda.

Governador

Questionado sobre o assunto, o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (DEM) defendeu a apuração do caso. Caiado argumentou que esta é uma situação que não envolve toda a corporação, mas que trata de uma situação pontual que está sendo apurada pelo Ministério Público do estado.

“Todas as pessoas que neste momento foram denunciadas estão sob investigação e estão afastadas. As que realmente concluirmos que estão envolvidas serão punidas. As que forem inocentes, retornarão ao cargo, esta é a posição do governo. Todos os que estão sob suspeição pelo Ministério Público estão afastados, agora vamos deixar bem claro, sabemos que em toda e qualquer classe, a todos os membros do Corpo de Bombeiros de Goiás, o meu reconhecimento, é uma instituição que é referência no Brasil”, relatou.

Entenda o caso

O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público de Goiás (MP-GO), com apoio da Secretaria de Segurança Pública (SSP-GO), realizou nesta terça-feira, 19, a Operação Desconformidade, destinada ao combate de fraudes na certificação de segurança contra incêndio e pânico emitida pelo Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Goiás (CBM-GO).

 Segundo as investigações havia uma suposta fraude, formada por bombeiros militares, incluindo membros do alto comando da corporação, que teriam concedido Certificados de Conformidades para empresas e empresários que não cumpriam as normas e protocolos de segurança, colocando vida e patrimônio da coletividade em grave e iminente risco.

Em nota os Bombeiros informaram que a decisão do afastamento “toma por base a postura de transparência da corporação e tem por objetivo trazer ainda mais independência e credibilidade à investigação na qual os nomes dos bombeiros militares são mencionados. Desde o início das investigações, a corporação se colocou voluntariamente à disposição das autoridades, colaborando e prestando as informações necessárias ao esclarecimento das denúncias”, declarou.


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