Na próxima segunda-feira (12) está marcada nova reunião da Câmara Deliberativa do Transporte Coletivo (CDTC). O Diário de Goiás questionou o secretário de Estado de Infraestrutura, Cidades, Assuntos Metropolitanos, Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Secima), Vilmar Rocha sobre o que terá de novidade no próximo debate. Ele destacou que uma das propostas que podem ser apresentadas é a de que parte do IPVA seja destinado para bancar as gratuidades da passagem de ônibus.
Vilmar Rocha destacou que o Estado já assumiu compromisso de pagar 100% do Passe Livre Estudantil, mas que é preciso pensar nos demais tipos de gratuidades, como as destinadas a idosos e militares. O secretário disse que uma alternativa seria a de usar parte do IPVA para subsidiar a tarifa.
“Uma das soluções é quem vai pagar os subsídios. Na última reunião, o Estado assumiu 100% do subsídio do Passe Livre Estudantil, mas existem outros tipos de isenção: deficientes, policiais, idosos, e quem vai pagar? Hoje quem paga o subsídio é o usuário. Nós tínhamos que fazer que o usuário de automóvel, com uma alíquota do IPVA pagasse o subsídio da tarifa. Isso daria um bom fundo. Não pode ficar do jeito que está, alguém vai pagar e precisamos discutir como pagar”, argumentou Vilmar.
A ideia de se usar parte do imposto para a tarifa de transporte foi debatida durante a campanha eleitoral do ano passado, em Goiânia. O assunto foi levantado pelo deputado estadual, Francisco Júnior, enquanto candidato a prefeito. Ele é do mesmo partido de Vilmar Rocha, o PSD.
Ao Diário de Goiás, Vimar Rocha destacou que na reunião da próxima segunda-feira, é preciso discutir outras questões relativas a melhoria do transporte. Ele explicou que no encontro realizado em 18 de maio, havia forte pressão sobre os integrantes da CDTC, por conta da possibilidade do aumento tarifário, o que não ocorreu.
“Você estava lá naquela reunião. A sugestão para fazer a reunião no dia 12, foi minha. Eu sugeri esta reunião no dia 12, eu solicitei. Aquele dia nós estávamos sob pressão para resolver o problema da tarifa, que foi resolvido, mas as questões do transporte não foram resolvidas. Como a tarifa ficará pelo mesmo valor por mais um ano, não vai ter a emergência agora precisamos discutir as questões alternativas para o transporte na região metropolitana de Goiânia. Essa vai ser a primeira reunião. Vamos apresentar uma série de ideias para serem discutidas para encontrar soluções sustentáveis para o transporte coletivo”, argumentou.
Diferenciação de tarifa
Vilmar Rocha destacou que é contra a municipalização de tarifa, pois o transporte deve ser pensando como um todo na região metropolitana. Ele disse que uma alternativa seria a de municípios terem como complemento sistemas municipais de transporte.
“A proposta de ter uma tarifa de ter uma tarifa municipal é um regresso, é um retorno. Eu acho que a tarifa metropolitana é boa. O que as prefeituras poderiam ver é um sistema próprio de cada município, isso eu acho legal. Aparecida, por exemplo, é uma cidade grande, poderia ser dois sistemas ao mesmo tempo, isso eu acho razoável”, disse.
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