22 de dezembro de 2024
Cidades • atualizado em 27/07/2020 às 21:53

Secretário destaca que pouco mudou no isolamento com reabertura do comércio: “pessoas perderam a capacidade de ficar em casa”

Walisson Moreira destaca sobre período após reabertura comercial em Goiânia
Walisson Moreira destaca sobre período após reabertura comercial em Goiânia

Em entrevista exclusiva ao Diário de Goiás nesta segunda-feira (27/07), o secretário Municipal de Desenvolvimento Econômico, Trabalho, Ciência e Tecnologia (Sedetec), Walison Moreira pontuou sobre os últimos quatorze dias que sucederam a reabertura do comércio em Goiânia. Também ressaltou que a maior preocupação no atual momento continua sendo a 44 em que ressaltou ser uma região que “inspira cuidados”

Desde o dia 14 diversos setores comerciais tiveram permissão de reabrir suas portas e na avaliação do gestor “as pessoas perderam a capacidade de ficar em casa” e a flexibilização “não interferiu” no indicador de isolamento social. 

Moreira explicou que se comparado o índice de isolamento anterior à reabertura pouca coisa se nota de diferente do número após a flexibilização. “Do dia 19 de julho até o dia 25 que foi sábado, deu 38.3% [índice de isolamento]. Enquanto na semana anterior ao comércio fechado, do dia 05 ao dia 11/07, deu 39.5%”. Com uma diferença de aproximadamente 1.5% o secretário considera que “não é um valor significativo”. 

Apesar de tudo, isso mostra que as pessoas não querem ficar em casa. “A reabertura do comércio não interferiu nesse indicador e é o principal indicador que contribui para o contágio. Nesse ponto, nós acreditamos que a reabertura não interferiu na evolução da doença”, pontua.

Região da 44: região que “inspira cuidados”

A região da 44 vem sendo uma preocupação já há muito. Foi a última região comercial a ter autorização para reabertura. Segundo o secretário, os representantes da 44 conseguiram por meio de relacionamento diálogo com agências de turismo para evitarem organizar grandes excursões de outros Estados. 

Porém, faz ressalvas: “No entanto, aquelas caravanas, com carros próprios e vãs, continuam vindo. E nem a Prefeitura, nem a Associação da 44. Por lei, a gente não pode impedir as pessoas de virem para a cidade. Alguns motivos daquela cidade esperar muita atenção nossa, é o fato, de ter trânsito de pessoas fora de Goiânia”, salienta .


Preocupa o fato desses ‘comerciantes-turistas’ trazerem o vírus de outros locais para a capital goiana. “A gente faz um esforço muito grande para poder manter o sistema de saúde funcionando e vem outra pessoa de outra cidade ou estado, com risco de estar contaminado e pode atrapalhar o nosso trabalho aqui na cidade. Esse é o principal motivo”, pontua.

Informações da Secretaria Municipal de Saúde mostram que os número de leitos exclusivos para Covid-19 mantidos pelo município de Goiânia chega à 390, sendo 190 para UTI e 200 enfermaria.

Outro fator que preocupa a Prefeitura é o fato de que na 44 por si só há um campo muito grande de aglomeração. Por mais que os lojistas tentam seguir os protocolos, também existe a figura do ambulante. “A quantidade de comerciantes também é preocupante. Por mais que os comerciantes sigam os protocolos, nas calçadas, nas ruas que estão interditadas, a quantidade de ambulantes aumentou muito e mesmo a Prefeitura fazendo um trabalho intensivo de fiscalização nós não estamos conseguindo eliminar esses problemas”, pontua.


Por esses fatores “e outros”, a 44 “inspira cuidados”.


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