07 de agosto de 2024
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Secretário de Saúde em Aparecida vê “medida acertada” do Ministério da Saúde em adotar dose reforço para público geral

Secretário de Saúde de Aparecida comemora decisão do Ministério da Saúde em estender dose reforço para população geral (Foto: reprodução)
Secretário de Saúde de Aparecida comemora decisão do Ministério da Saúde em estender dose reforço para população geral (Foto: reprodução)

Com 80% da população vacinada com a primeira dose e mais de 62% com a segunda dose, Aparecida caminha para dias melhores em relação à pandemia da Covid-19. A expectativa é de até novembro atingir os 90% com a D1, e 70%, a D2. Nesse contexto, o secretário de Saúde, Alessandro Magalhães, comemora a decisão do Ministério da Saúde em abrir a dose reforço para o público geral.

Hoje, limitada apenas para grupos específicos, como idosos, imunossuprimidos e profissionais da saúde, a terceira dose será liberada para o público geral desde que haja um intervalo de cinco meses entre a segunda aplicação e a nova dose reforço. Em entrevista ao Diário de Goiás, Magalhães acredita que a medida pode evitar o surgimento de novas ondas em Aparecida de Goiânia.

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“Eu acredito que sim. Tem mostrado nos olhares e observando outros países que quem conseguiu uma cobertura maior de vacinação está evitando maiores casos e recrudescência de novas ondas. Acredito que foi fundamentado nisso que o Ministério da Saúde soltou a terceira dose até para intensificar e quebrar a cadeia de transmissão da doença e não ter nem terceira nem quarta onda no Brasil”, pontuou.

Magalhães também pontua que não haverá escassez de doses para o público que queira se imunizar com a dose reforço. “Tem uma estimativa de ter mais de 100 milhões de doses da Pfizer apenas em novembro e dezembro. Temos de lembrar que não são todos que vão receber agora”, explica. “O estoque planejado para novembro e dezembro daria conta de fazer a terceira dose.”

Alessandro também acredita que a busca pela vacinação aumentará e mesmo aqueles que estão reticentes em tomar a primeira dose podem tomar a iniciativa de agora, se imunizarem. “A nossa expectativa é que aumente a procura. Principalmente quem já completou o esquema há mais de cinco meses a gente acredita que procure e estimule outras pessoas que ainda relutam vacinar procurar a vacinação e isso eria importantíssimo para que não haja aumento de casos”, destaca.

Dose reforço: medida anunciada pelo Ministério da Saúde

O Ministério da Saúde anunciou, hoje (16/11), a redução do intervalo de tempo para aplicação da dose reforço da vacina contra a covid-19 dos atuais seis meses para cinco meses. A decisão, que será implementada pelas secretarias de Saúde dos estados e municípios, contempla todas as pessoas acima de 18 anos, independentemente do grupo etário ou profissão. Inclusive aquelas que receberam a Janssen, que passa a contar com uma segunda dose – aplicada dois meses após a primeira – e a dose de reforço.

“Já tínhamos autorizado a aplicação desta dose de reforço, ou adicional, para todos aqueles que tinham tomado a segunda dose há mais de seis meses e que tivessem [mais de] 60 anos. Agora, graças às informações advindas dos estudos científicos realizados para avaliar a aplicação da terceira dose – e dos quais já temos dados preliminares -, decidimos ampliar esta dose de reforço para todos aqueles acima de 18 anos de idade que tenham tomado a segunda dose há mais de cinco meses”, disse o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga.

Ele garantiu que o estoque de imunizantes será suficiente para atender à demanda. Atualmente, há 12,47 milhões de pessoas aptas a receber a dose reforço.

Segundo o Ministério da Saúde, mais de 350 milhões de doses das vacinas contra a covid-19 já foram distribuídas para todo o país, e mais de 297 milhões já foram aplicadas ao longo de onze meses. Mais de 157 milhões de pessoas tomaram ao menos uma dose do imunizante – número que, segundo a pasta, representa 88% do público-alvo previsto no plano nacional de vacinação contra a doença. No entanto, cerca de 21 milhões de pessoas ainda não retornaram para tomar a segunda dose na data prevista.

Segundo a secretária extraordinária de Enfrentamento à Covid-19, Rosana Melo, pessoas na faixa entre 25 e 34 anos formam a maioria dos que ainda não compareceram para tomar a segunda dose. Analisando qual vacina as pessoas que não completaram o ciclo vacinal receberam, a secretária aventa a hipótese de que, além de outros fatores (como a dificuldade de encontrarem tempo para retornar ao posto de vacinação), as reações características de cada imunizante podem estar desestimulando algumas pessoas.

“Algumas [vacinas], de fato, trazem [causam] alguns efeitos adversos que passam em um ou dois dias. A população tem que estar consciente disso. Tem que estar alerta e saber que estes efeitos são esperados e acontecem”, comentou Rosana, destacando que, junto com as recomendações de uso de máscara, distanciamento social e higienização das mãos frequente e adequada, a vacinação vem proporcionando a redução do número de casos graves da doença e, consequentemente, das internações e mortes.

“Hoje, nós temos, no Brasil, 21,11 milhões de pessoas que estão aptas a tomar a segunda dose da vacina e, assim, completarem seu esquema vacinal”, informou a secretária ao reforçar que, para aumentar suas proteções contra a doença, a pessoa tem que tomar todas as doses recomendadas pelos laboratórios fabricantes e autorizadas pelas autoridades sanitárias.

“Além disso, os estudos têm mostrado que, a partir do quinto ou sexto mês, independentemente do imunizante utilizado, há sim uma necessidade de reforçarmos nosso sistema imunológico tomando uma dose de reforço”, acrescentou a secretária, alertando para a importância de os estados seguirem as novas recomendações do ministério. “Se algum estado fizer separado, diferente, prejudicará muito o nosso planejamento.”

Janssen

Outra mudança anunciada pela pasta diz respeito à vacina da Janssen que era aplicada em dose única e passará a ter duas doses.

“No início, a recomendação era de que esta vacina fosse de dose única. Hoje, sabemos que é necessária esta proteção adicional. Então, quem já tomou a Janssen, agora vai tomar a segunda dose do mesmo imunizante. E, lá adiante, cinco meses após [a segunda dose], um reforço com imunizante diferente”, disse Queiroga. A dose reforço da Janssen deverá ser ministrada a partir de dois meses da primeira aplicação.


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