22 de novembro de 2024
Brasil

Secretário de Saúde do DF é preso por suspeita de irregularidades em compra de testes para Covid-19

Francisco Araújo foi preso em ação nesta terça. (Foto: GDF/Divulgação)
Francisco Araújo foi preso em ação nesta terça. (Foto: GDF/Divulgação)

Foi preso na manhã desta terça-feira (25) o secretário de saúde do Distrito Federal, Francisco Araújo, em uma operação que investiga supostas irregularidades na compra de testes para diagnóstico da Covid-19. Ele foi detido preventivamente, no apartamento onde mora, no Noroeste.

Esta é a segunda fase da Operação Falso Negativo. Foram expedidos 44 mandados de busca e apreensão e sete de prisão preventiva. Os demais presos são: Ricardo Tavares Mendes, ex-secretário adjunto de Assistência à Saúde; Eduardo Hage Carmo, subsecretário de Vigilância em Saúde; Eduardo Seara Machado Pojo do Rego, secretário adjunto de Gestão em Saúde; Jorge Antônio Chamon Júnior, diretor do Laboratório Central do DF; e Ramon Santana Lopes Azevedo, assessor especial da Secretaria de Saúde do DF.

Também foi expedido mandado de prisão para o subsecretário de Administração Geral da Secretaria de Saúde, Iohan Andrade Struck. Ele, porém, não foi encontrado pelos investigadores e é considerado foragido.

A decisão está sob sigilo de Justiça e cumpre mandados também em Goiás e nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Bahia, Santa Catarina, Mato Grosso, Espírito Santo e Rio Grande do Sul.

Segundo o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), o objetivo da operação é desmantelar uma suposta organização criminosa instalada dentro da Secretaria de Saúde do DF para fraudar a escolha de fornecedores e superfaturar a compra dos testes, feita com dispensa de licitação. Os investigadores afirmam que o prejuízo aos cofres públicos chega a R$ 18 milhões.

São investigados crimes de fraude à licitação, lavagem de dinheiro, crime contra a ordem econômica (cartel), organização criminosa, corrupção ativa e passiva.

A Secretaria de Saúde do DF e a defesa dos investigados ainda não se manifestaram até o momento. Em entrevista à TV Globo, o governador Ibaneis Rocha afirmou que ainda não havia tomado conhecimento do que motivou a prisão e, portanto, não se posicionaria.


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