21 de novembro de 2024
Ação • atualizado em 28/04/2024 às 11:55

Secretário de educação de Catalão vira alvo do MPGO por contratação irregular de transporte escolar

Segundo a investigação do MPGO o secretário contrariou as regras e legislações para objetivos particulares
Sede da prefeitura de Catalão. (Foto: Divulgação)
Sede da prefeitura de Catalão. (Foto: Divulgação)

O Ministério Público de Goiás (MPGO) propôs uma ação civil pública por improbidade administrativa contra o secretário de Educação de Catalão, Leonardo Pereira Santa Cecília, em razão da contração irregular de uma cooperativa de serviço de transporte escolar.

No processo, a promotora de Justiça responsável pelo caso, Ariete Cristina Rodrigues Vale, pediu a condenação com base na Lei de Improbidade Administrativa, o pagamento a título de multa do dano causado no valor de R$ 19.962,17 à Associação das Pessoas Portadoras de Deficiência de Catalão (Aspdec), pertencente à administração municipal.

Segundo a investigação do MPGO, o secretário contrariou as regras e legislações para, com objetivos particulares, incentivar a vitória da Cooperativa Nacional dos Prestadores de Serviços em Transportes e Locações de Veículos e Máquinas (Coopernav) no processo licitatório Pregão Presencial 91/2017.

Ainda segundo a promotora de Justiça, as condutas praticadas para o favorecimento afrontaram o caráter concorrencial da licitação, ofendendo diretamente os princípios administrativos da moralidade, isonomia, impessoalidade e legalidade.

Os fatos ocorreram em 2017, quando a licitação foi questionada judicialmente por outro concorrente que, inclusive, conseguiu sentença favorável em mandado de segurança para a anulação do procedimento licitatório.

A promotora destaca que a cooperativa contratada pelo município não tem em seu acervo patrimonial nenhum veículo, sendo que, para execução dos serviços contratados, utilizava os dos cooperados, figurando apenas como empresa de fachada, o que também contraria sua natureza jurídica de ser uma modalidade de pessoa jurídica sem fins lucrativos, entre outras irregularidades.

O MP chegou a propor um Acordo de Não Persecução Cível com os envolvidos, que acabou não sendo efetivado pelo secretário, mas aceito pela cooperativa, motivando a propositura da ação contra o titular da pasta.

Nossa reportagem procurou a secretaria de Educação de Catalão para esclarecimentos e até o fechamento desta matéria não tivemos retorno. O espaço fica aberto.


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