13 de agosto de 2024
Cidades

Secretária recebe reivindicação de grevistas da educação

Ocorreu nesta sexta-feira (15), o primeiro encontro entre a secretária de Educação, Raquel Teixeira e servidores da Educação, desde que a greve foi iniciada. De um lado os trabalhadores apresentaram as propostas. Do outro, a gestora recebeu os pedidos, e encaminhará a área econômica do Estado e também ao governador. Novo encontro entre as partes deverá ocorrer na próxima semana.

Raquel Teixeira argumentou que o diálogo sempre esteve aberto e que já vinha conversando com o Sintego. Ela destacou que a proposta apresentada pelo governo e que inclusive já tramita na Assembleia Legislativa é de pagar o piso dos professores P1 e P2 retroativo a janeiro e P3 e P4 a partir de agosto, mas há possibilidade de antecipar para julho.

O Sintego é contra a proposta apresentada na reunião pela secretária. De acordo com Raquel Teixeira, o salário ainda está longe do ideal, porém, nos últimos 4 anos houve 76% de aumento. A gestora espera que seja possível um meio termo entre a proposta dos servidores e o que o Estado pode oferecer.

“O projeto de lei que está na Assembleia propõe o pagamento do piso para o professor P1 e P2 retroativo a janeiro e P3 e P4 a partir de agosto. Bom lembrar que o piso do magistério propõe reajuste de 13,01% para a categoria. Com certeza está se fazendo um esforço e diante de um momento de crise fiscal e econômica que não é de Goiás, é do Brasil e de todos os estados, é claro que esses 13,01% acima da inflação em torno de 6% cria uma dificuldade e é neste sentido que estamos trabalhando. Há todo um interesse do governo de conseguir uma conciliação que seja sustentável, que seja possível de ser paga, que contemple pelo menos parte daquilo que é direito, demanda do trabalhador da educação”, afirma a secretária.

“Nós abrimos oficialmente as negociações após a greve. Apresentamos uma proposta, a secretária trouxe uma proposta do governo, esta proposta já tinha sido apreciada com a categoria, não tinha aceitado. Fizemos a proposta de o governo pagar o piso em maio e negociar a diferença de janeiro pra cá, até o final do ano e no caso também de refazer a carreira dos administrativos, recompondo inclusive a tabela dos administrativos”, descreve Bia de Lima.

Parcelamentos

O parcelamento dos salários é outra reclamação dos grevistas. Raquel Teixeira avaliou que esta é uma questão mais complexa, pois o governo ainda está dentro da lei e tem até o 5º dia útil mês.

Concursos

Outra pauta colocada pelos servidores da Educação é a realização de concursos públicos. A secretária descartou para este ano de 2015.

FUNDEB

Um dos questionamentos que os grevistas mais tem feito ultimamente é que o dinheiro do FUNDEB poderia ser suficiente para pagar a folha dos servidores da educação, não havendo assim a necessidade de parcelar os salários. Raquel Teixeira não concorda.

“Quando eu fui secretária em 99, com 45% do FUNDEF nós pagávamos 100 % da folha. Hoje 100% do Fundeb paga apenas 80% da folha. Precisa recursos do tesouro para pagar a folha”, aponta a secretária.


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