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Em nova visita da secretária municipal de saúde, Fatima Mrué, à Comissão Especial de Inquérito (CEI) da Saúde, na Câmara Municipal de Goiânia, a secretária voltou atrás quanto a afirmação, feita ao jornal O Popular na semana passada, de que o relatório de leitos da UTI na posse da CEI não fora entregue pela SMS.
Mrué se justificou alegando que não sabia de qual relatório se tratava, uma vez que a SMS entregou 84 documentos para a CEI desde o ano passado. Além disso, a secretária desmentiu informação dada pela gerente de Internação Hospitalar da pasta, Márcia Souza, à CEI na sexta-feira (23).
Na ocasião, Souza reclamou para os vereadores da diminuição de leitos de UTI no município, que passaram de 400 em 2015 para 230 em 2017. Em contraposição, a secretária afirmou que o número de diárias na UTI aumentou: eram 135 mil em 2015 e se tornaram 170 mil em 2017.
Mrué argumentou que esses dados podem não ser exatos devido à constante mudança de números de UTI, com novos credenciamentos e descredenciamentos. Além disso, a atualização no sistema seria lento devido aos demorados processos de desabilitação e habilitação de UTIs, com diligências e auditorias.
Falta de dados
A vereadora membra da Comissão, Dra. Cristina Lopes, criticou essa falta de dados, em entrevista ao Diário de Goiás. “A secretária não sabe precisar quantos leitos, nem quantos médicos, nem o valor da dívida da SMS (que solicitei em novembro do ano passado). Tudo que se pergunta, ela pede pra formalizar o requerimento. A única coisa que ela afirma é que não vai sair da secretaria”, afirma a vereadora.
A vereadora também perguntou, sem obter resposta, o tempo médio de espera dos pacientes para conseguir uma vaga na UTI. “A minha preocupação não é o tamanho da fila, mas o tempo que se espera na fila”, pontua. Apesar dessa longa espera, que provoca até mesmo a morte de pacientes, o relatório da SMS assinala um taxa de Saúde de Goiânia anuncia monitoramento contra hospitais que recusam pacientes do SUS43% de desocupação dos leitos.
Segundo a vereadora, os próximos passos da CEI é conversar com o prefeito Iris Rezende (MDB), para cobrar uma atitude em relação à pasta, e com o secretário estadual de saúde, Leonardo vilela, para confrontar alguns dados.
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