O governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão (PMDB), negou nesta quinta-feira (20) que tenha se internado em um spa de luxo e disse que poderia morrer se não passasse por cuidados médicos.
Em entrevista à imprensa, após reunião com o presidente Michel Temer, ele afirmou que se internou em uma clínica médica e que estava sem forças musculares para levantar de uma cadeira sem se apoiar.
“Eu tomo uma mão cheia de remédios de manhã e outra à noite. Se eu não me cuidasse, meu médico disse que eu ia morrer. Eu cheguei a ter um nível de 304 de glicose. Se não me trato, ia morrer”, disse.
O peemedebista enfrentou um câncer linfático no ano passado e anunciou a cura em julho. Os médicos liberaram o retorno ao governo, mas exigiram uma carga de trabalho menor.
No início da semana, ele pediu licença de cinco dias e se hospedou no spa Rituaali, considerado de luxo e de propriedade de um sócio de uma empresa fornecedora do governo estadual.
“Eu não fui a um spa, mas me internei em uma clínica médica. Eu precisava de tratamento, porque tive uma doença muito séria. E saí do tratamento em outubro. Contrariando meus médicos, vim para a luta”, afirmou.
Ele ressaltou que em dois anos e sete meses à frente do governo, pediu licença médica apenas duas vezes, em fevereiro e agora em julho. E, em ambas, pagou o tratamento com seu dinheiro. O gasto por uma semana no local gira em torno de R$ 8.000.
“Seu eu não me cuido, não tenho como cuidar das pessoas”, disse.
Não foi a primeira vez que Pezão se hospedou no local. Em fevereiro de 2016, ele participou do “soft opening” (pré-inauguração) do espaço.
O salário do governador é de R$ 19,6 mil brutos. Como boa parte dos servidores do Estado, Pezão só recebeu até agora vencimentos até abril. (Folhapress)
Leia mais:
- Pezão sai em licença médica de uma semana
- Secretário de Pezão pede demissão por atraso de salários de servidores
- Com salários atrasados, professores da Uerj decidem por greve após as férias
- TCE ‘tampão’ rejeita contas de governo de Pezão e Dornelles
- Pezão diz que saída de Temer atrapalharia a economia
Leia mais sobre: Brasil